1.382 obras de cinco museus do Ibram estão acessíveis on-line

Itens dos museus Histórico Nacional, Victor Meirelles, Casa dos Ottoni, do Diamante e do Ouro podem ser acessados virtualmente. Um total de nove museus terão acervos digitalizados até o fim do ano

Casa de Otoni, autor desconhecido | Divulgação
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Visitar museus sem sair de casa. Com um clique do mouse, é possível ter acesso à coleção de retratos do império brasileiro, realizados por diversos artistas entre os séculos XVIII e XX. Também pode-se acessar peças de ouro, diamante e de arte sacra. Desde o início do ano, 1.382 obras de arte e itens históricos de cinco museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) foram digitalizados e estão disponíveis on-line. São coleções do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro; do Museu do Diamante, do Museu do Ouro e do Museu Casa dos Ottoni, em Minas Gerais; e ainda do Museu Victor Meirelles, em Santa Catarina.

Museu Victor Meirelles - Apoteose tropical

Até final de 2019, o acervo de nove museus terá sido digitalizado pelo instituto, vinculado ao Ministério da Cidadania. Os próximos serão o Museu Arqueológico de Itaipu (RJ) e o Museu das Missões (RS). Estão ainda previstas a digitalização do acervo do Museu da República e do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.

A aposta do Ibram é que a vitrine digital seja um chamariz para atrair ainda mais visitantes e pesquisadores para conhecer in loco as instituições. “Não é a mesma coisa olhar uma obra de arte in loco e olhar numa revista, numa fotografia ou on-line. A verdade é que os objetivos dos acervos digitalizados é dar às pessoas a ideia do que existe, para que elas, se inteirando desta realidade, possam visitar os museus diretamente. Este é o mote”, explica o presidente do Ibram, Paulo Amaral.

Se por um lado eles estimulam a visitação, os acervos on-line também são fundamentais para públicos específicos, como os pesquisadores. “A disponibilização diz respeito a um projeto muito maior: tem que colocar todos os dados da obra, toda a ficha técnica, a história, qual foi a origem, como se comprou, tudo isso é muito importante”, reforça Amaral, destacando a importância do acervo on-line para a pesquisa.

Museu do Ouro - Roda de fiar

História nacional na vanguarda

O acervo on-line do Museu Histórico Nacional, primeiro a ser digitalizado, teve 2 milhões de acessos só em março. O diretor da instituição, Paulo Knauss, está animado com o potencial de atração de público. “A gente tem diante de nós um enorme público para encontrar por meio da mídia eletrônica. A pessoa que conhece o acervo por informação de catálogo, por informações objetivas, vai ser aquela que vai buscar uma experiência subjetiva com essas peças catalogadas. Ao chegar ao museu, ela vai descobrir que o museu não é só um lugar de guardar peça, é um lugar de dinâmicas, de integração, de relacionamento com o acervo, e que permite também a gente promover outros laços sociais”, opina.

Knauss destaca ainda como o acesso on-line vai ajudar o museu a identificar a diversidade de público que se interessa por cada coleção. “Nossa ideia é que essa base vai ajudar o museu também a reconhecer a diversidade, a pluralidade dos seus públicos. A nossa expectativa é favorecer o público que já convive com o museu, mas, sobretudo, despertar o interesse e a curiosidade de todos aqueles públicos que, por alguma razão, ainda não conhecem o museu, ou ainda não tiveram a sua curiosidade despertada. O acesso on-line tem um alcance enorme”, disse Knauss.

O Museu Histórico Nacional disponibilizou, inicialmente, 500 pinturas de sua Pinacoteca. Estão disponíveis três exposições inéditas: “Marinhas – De Martino”, “Retratos do império” e “Paisagens cariocas”. A coleção de 15 telas do pintor italiano Edoardo De Martino (1836-1912), que se estabeleceu no Brasil entre 1867 e 1875, retrata as mais representativas batalhas navais da história brasileira. Na exposição “Retratos do império”, há 54 pinturas que revelam diferentes fases de personagens da monarquia brasileira. Aos poucos, o museu vai digitalizar os demais itens de outros departamentos. O próximo será a coleção numismática, que conta com mais de 150 mil itens.

Passeio virtual

O Museu Victor Meirelles disponibilizou todo o seu acervo museológico, totalizando 235 itens, divididos em duas coleções: a Coleção Victor Meirelles e a Coleção XX e XXI. Já em Minas Gerais, o Museu do Diamante deu acesso a 130 objetos relacionados à exploração do diamante, arte sacra, mobiliário e instrumentos musicais, dentre outros.

O Museu Regional Casa dos Ottoni disponibiliza para consulta on-line um acervo com 462 itens, formados por imagens de arte sacra, mobiliário, utensílios de cozinha, equipamento para extração de minério, pinturas, coleção numismática e documentação pertencente à família Ottoni, descendentes de um ramo da família do bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme. O museu também abriga objetos representativos de costumes do estado de Minas Gerais e da manufatura do queijo artesanal, que se destaca na região do Serro, na qual o Museu está edificado.

“A nossa expectativa é fomentar e consolidar a imagem da instituição, por meio da divulgação contínua do nosso acervo, possibilitando a pesquisa e promovendo a maior fruição entre o público e a instituição. A plataforma é mais uma ferramenta de auxílio para trazer o público até o museu. O nosso acervo é interativo e o museu trabalha ações, atividades, projetos para fazer com que este acervo não seja somente um objeto exposto, mas um objeto que interage com o público visitante”, afirma o diretor do Museu Casa dos Ottoni, Carlos Alberto Xavier.

E o Museu do Ouro, por sua vez, lançou no último mês um site institucional – no qual também estará disponível o acesso on-line ao acervo do museu, constituído por objetos ligados à prática da mineração (séculos XVIII e XIX) e ao estilo de vida de parcela da sociedade desse período. “A ideia de digitalizar o acervo do Museu do Ouro é trazer novas forma de diálogo do museu com a sociedade. Você fomenta a pesquisa, a troca de informações entre instituições, aumenta as possibilidades de produção de conhecimento. Cria-se uma rede de informação”, afirma o diretor do museu, Paulo Nascimento. (Por Secretaria Especial da Cultura)



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