Coletivo Piauhy estreia ‘Sonatas de Amores, Não’

O autor trabalhou numa linha tênue, porém, profunda

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Espetáculo | Divulgação
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Inspirado no texto do dramaturgo Eraldo Pereira e com direção de Adriano Abreu, o Coletivo Piauhy Estúdio das Artes estreia hoje ‘Sonatas de Amores, Não’. Será às 19h no Teatro João Paulo II. A peça traz à tona a relação entre uma mãe e seu filho e o que envolve os dois, em um caminho de encontros e desencontros entre eles. O autor trabalhou numa linha tênue, porém, profunda. “É a relação de Zélia e seu filho Pedro, a partir de uma ótica multidimensional de tempo, onde o passado e o presente interagem, possibilitando aos espectadores uma viagem através dessa história conflituosa, onde o signo da intolerância e desamor estão sempre presentes”.

Segundo Adriano Abreu, a escolha do texto do Eraldo, a quem ele tem uma relação muito intensa no teatro, tendo já montado outras produções com seu apoio e consultoria, vai de encontro a discussão sobre as relações familiares na formação humana. Um tema muito pulsante e que remete a algo necessário e importante, fala da atualidade em que as pessoas sofrem, não dialogam e nem expõe suas dores e conflitos.

A arte acaba desempenhando um papel importante na construção de um diálogo com a sociedade e, no caso, de ‘Sonatas’, Adriano achou essencial trazer à tona as questões que envolvem o texto, que é bastante atual. “Questões como respeito a orientação sexual, religiosidade, opressão e preconceitos compõem o pano de fundo dessa obra.

Não fizemos adaptações, mas enxertamos algumas referências do texto”, diz Eraldo Maia, em seu texto, percorre traz a história de um drama familiar expondo todo o universo de sentimentos que permeiam uma relação conflituosa, porém de forma silenciosa e ao longo dessa história são expostas. O filho gay reencontra sua mãe 25 anos depois, já acometida por um avançado estado de Alzheimer, e em meio a este clima turbulento são expostas as lembranças, desejos e frustrações desses personagens. Presente e passado se encontram e revelam situações através da encenação.

Para compor o espetáculo, o diretor lembra que foi tudo construído a partir de etapas, mas apesar dos desafios, ele lembra que cada um deles foi importante para o resultado final, como em toda produção, é preciso dedicação para se conseguir um bom resultado.

“Os desafios foram tantos que seria impossível enumerar. E o melhor foi perceber que qualquer coisa que o Coletivo Piauhy Estúdio das Artes realize será sempre um ato de amor solene e profundo”.

A história de Zélia, representada pelas atrizes Silmara Silva e Érica Anunciação, e seu filho Pedro, representado pelos atores Allex Cruz e Carlos Aguiar, constitui a ‘Sonatas de Amores, Não’, que leva ao palco uma história que emociona e vai bem além de um simples olhar, como define Abreu. “O teatro serve justamente para que possamos, através da reflexão, construirmos uma sociedade menos destrutiva”. (Por Liliane Pedrosa)



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