Maestro João Carlos Martins exalta obra de Beetholven Cunha

No projeto Tapera das Artes, o maestro reconhecido no Brasil e no mundo apresentou Beetholven Cunha, que mora em Parnaíba e disse que sua música impressiona pelo rico jogo rítmico

Beetholven e João Carlos Martins | Divulgação
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A cidade de Aquiraz, no Ceará, recebeu uma visita ilustre no mês de janeiro: a do maestro João Carlos Martins, um dos colaboradores do projeto Tapera das Artes. Uma iniciativa sem fins lucrativos que desenvolve desde 1998 ações pedagógicas, tendo a música como fio condutor para o processo de aprendizado e desenvolvimento da cidadania. O compositor Beetholven Cunha esteve na cidade cearense acompanhando o encontro do maestro com a comunidade e também participou de um concerto muito especial.

Foram mais de quinze anos sem encontrar João Carlos Martins. Uma referência para seu trabalho, como alguns outros ao longo da carreira. Uma grande emoção para Beetholven, pois além de revê-lo, teve uma de suas composições citadas por ele durante um concerto para os jovens da cidade.

“Desde minha vinda para o Piauí só conversávamos por telefone. Fui mestre de cerimônia em um concerto com sua presença. Ele conversou com o público contando um pouco de sua história e fez algumas brincadeiras. Em seguida, apresentou-me ao público. Fiquei muito feliz”, diz Cunha, que lembra cada palavra da sua apresentação. Para guardar na memória e com muito orgulho pela referência que o mestre fez a ele. “A obra que ouviremos agora é do compositor Beetholven Cunha. O professor Beetholven reside no Piauí. Ouvindo sua obra confesso que fiquei extremamente admirado, principalmente com esta que ouviremos hoje, que me impressionou profundamente pelo seu rico jogo rítmico. A regência será do maestro Ênio Antunes, que conduziu a obra com uma regência singular durante os ensaios”.

Este momento foi de grande alegria para Beetholven, dando-lhe a certeza de que está no caminho certo, apesar de todas as dificuldades enfrentadas. “No teatro da Tapera das Artes, lotado, ouço minha obra interpretada de forma tão singular, bela e apaixonada que nunca tinha visto antes. O público ovacionou a obra de forma efusiva. Foi lindo.

Tantos jovens músicos, mas apaixonados, vindo ao meu encontro para conversas, abraços, gestos de carinhos, fotografias e autógrafos”, relembra.

Ao fim do concerto, o músico relembra que numa conversa com professores e os maestros Ênio Antunes e João Carlos foi decidido uma programação integral com obras de sua autoria, entre elas, algumas inéditas que terão estreia em breve.

A ida ao Ceará, a convite do maestro Antunes, proporcionou-lhe conhecer de perto o projeto Tapera das Artes.  Fundada em 6 de Junho de 1983, trabalha com crianças, adolescentes e jovens nas linguagens de música, audiovisual e teatro. Possui duas sedes, uma situada no distrito Tapera e outra no centro de Aquiraz, onde funciona o Centro Cultural, e um teatro que possui 400 lugares. É a arte como forma de promover cultura e cidadania. “O projeto tapera das artes é incrível. Um dos projetos musicais mais belos que encontrei no Nordeste. A Sra. Ritelza Cabral, com o maestro Enio Antunes e sua equipe, está fazendo um trabalho fenomenal há mais de trinta anos no local”, diz, ressaltando ainda o carinho com que foi recebido. “Durante nossa estada, fomos extremamente bem acolhidos e tratados por todos do projeto. Nos preparativos do concerto, foi solicitada a participação dos músicos da Universidade Federal do Ceará, coordenados pelo querido casal Liu e Nadi”.

Em 2013, a Tapera das Artes iniciou a parceria com a Fundação Bachiana de São Paulo e, com o apoio do maestro João Carlos Martins, protagonizou a viabilização de uma Orquestra Bachiana Jovem em Aquiraz, ano também em que iniciou o Projeto Livres Toques, com o apoio da Petrobras, por dois anos, atendendo a um público de 458 crianças, adolescentes e jovens do município de Aquiraz e adjacências, com atividades voltadas para música, lutheria, fotografia, cinema e áudio, possibilitando o diálogo com a cultura local de Aquiraz, bem como novas leituras e repasse de tradições e manifestações culturais através das novas tecnologias. (Por Liliane Pedrosa)



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