Universo trans é levado aos palcos pelo Coletivo 'As Travestidas'

Projeto itinerante que inicia pelo Piauí propõe uma reflexão acerca dos preconceitos contra a comunidade LGBTTI

| Divulgação
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Neste mês de maio, cidades do norte e nordeste entram em contato com o universo trans brasileiro por meio do projeto Travestis Itinerantes, do Coletivo Artístico As Travestidas e que propõe um percurso festivo, poético e artístico pelas duas regiões. Com a apresentação do espetáculo cênico-musical Quem Tem Medo de Travesti, o grupo se utiliza desse tipo de linguagem como um instrumento de questionamento e transformação social. O projeto, que foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018, inicia em Teresina (PI), nos dias 10 e 11, no Theatro 4 de setembro, e segue para São Luís (MA), Belém (PA), Imperatriz (MA) e Palmas (TO). Em algumas delas, também são realizadas oficinas.

Travestis Itinerantes chega a essas localidades, escolhidas por terem alto índice de violência especialmente contra a comunidade LGBTTI, para desconstruir preconceitos. Quem Tem Medo de Travesti é composto por atores, cantores e bailarinos. O espetáculo se constrói a partir de relatos pessoais e da pesquisa acerca da travestilidade no teatro e na sociedade, passando pelo glamour do teatro de revista e chegando à decadência e marginalização da figura trans na sociedade atual.

A peça expõe histórias sobre arte, exclusão, decadência e violência, presentes no cotidiano desta população e, ao mesmo tempo, subverte essas histórias tristes. Vai além ao abordar narrativas de superação e transformação, com o interesse em fortalecer e ampliar essa investigação, promovendo um estudo acerca da “artesania” e “travestilidade” enquanto metodologia em artes cênicas. Trata-se de um espetáculo de pesquisa social, antropológica e artística escrito e dirigido por Silvero Pereira, ator e pesquisador cearense, e Jezebel De Carli, professora e diretora gaúcha.

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Oficinas

São Luís (MA), Belém (PA) e Palmas (TO) são as cidades que também recebem oficina sobre procedimentos técnicos de atuação, dramaturgia e estética de encenação a partir dos conceitos de arte, performance e transformismo. Para isso, o coletivo As Travestidas utiliza estudos teóricos e práticos que possuem como base as montagens de espetáculos próprios.

Sobre o Rumos Itaú Cultural

Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.

Rodrigo Ferreira



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