Bebês trocados conhecem as novas famílias

Crianças voltaram para mães biológicas na segunda-feira

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Adaptação | G1
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As duas famílias que desfizeram a troca de bebês, em Goiás, tiveram uma noite difícil. Uma das crianças ainda é amamentada e chorou muito. As duas famílias precisam começar um novo relacionamento com os filhos biológicos.

A troca foi descoberta depois que o casamento de uma das mães acabou. O marido desconfiou de traição, já que o filho não era parecido com ninguém da família. Exames de DNA confirmaram que o menino não era filho do casal. Segundo a polícia, a confusão aconteceu em uma maternidade de Goiânia. Três enfermeiras que trabalhavam no dia em que as duas crianças nasceram podem ser indiciadas.

As duas mães choraram muito na hora de destrocar as crianças, na segunda-feira (3). Já com o filho biológico nos braços, uma delas, que é dona de casa, buscou apoio no marido. "Amor, o que nós vamos fazer?", disse ela.

A outra mãe, que é vendedora, chegou a rejeitar a ideia de trocar os meninos. Depois, queria que o processo fosse feito lentamente. Já a dona de casa logo aceitou resolver o assunto de uma vez, como sugeriu o Juizado da Infância e da Juventude.

A dona de casa passou a primeira noite com o filho biológico na casa dos pais, em Nerópolis (GO). Nesta terça-feira (4), a criança parecia estar se acostumando à nova família. Os pais dizem que ele é um bebê tranquilo. Ela está feliz, mas não esconde a saudade do outro bebê, que criou durante um ano e um mês. "Eu não tenho condições de voltar para a minha casa. Tudo me lembra ele", disse. A mãe quer que as duas famílias morem perto, para que haja convívio entre as crianças.

Em Goiânia, a vendedora evitou falar com a reportagem, mas os advogados disseram que a primeira noite com o filho biológico não foi tranquila. Segundo o advogado, o bebê chorou muito e a mãe biológica pediu ajuda à outra mãe, que foi até a casa para amamentar o garoto.

Durante a troca, a mãe da vendedora havia se mostrado preocupada com o fato da criança ainda ser amamentada. "Estão tirando o meu neto do peito, meu neto não come nada, não conhece ninguém, vai adoecer", disse.

A psicóloga Eliane Beppo acredita que o bebê merece uma atenção especial. "É necessário fazer o desmame, mas não de forma bruta", afirmou.



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