Brasil corre risco com novo vírus da dengue

Segundo Ministério da Saúde, variação poderia causar epidemias em menores de 15 anos

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O Ministério da Saúde alerta para a possibilidade de o vírus tipo 1 da dengue tornar-se predominante neste ano no Brasil, o que poderá causar epidemias da doença principalmente entre menores de 15 anos. Segundo a pasta, os Estados de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Roraima, Tocantins e Piauí são os mais vulneráveis por já enfrentarem a predominância do vírus.

- É fundamental que as ações preventivas contra a doença sejam reforçadas, disse na sexta-feira (5) o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Evelin Coelho.

Como não há vacina contra a dengue, a principal ação preventiva é evitar o acúmulo de água limpa, a preferida do Aedes aegypti.

Em nota técnica sobre a situação epidemiológica de 2009 divulgada na semana passada, o ministério informou que, no ano passado, o vírus 1 já estava presente em 50% dos isolamento virais - análise feita a partir de amostra do doente - no país. Segundo a pasta, ele poderá substituir o sorotipo 2, predominante desde 2007, e levar a um volume ainda maior de internações hospitalares. Um vírus é considerado predominante quando registrado em 70% dos isolamentos.

Há quatro tipos de vírus da dengue, e o ministério reconhece que apenas os tipos 1, 2 e 3 já foram registrados no país. Toda as vezes em que um sorotipo "ocupa" o lugar de outro, podem ocorrer epidemias por causa do grande número de pessoas que nunca tiveram contato com ele, como as crianças. A partir de 2007, por exemplo, a entrada do vírus 2 no lugar do 3 causou, no ano seguinte, uma das piores epidemias já registradas.

"O monitoramento dos sorotipos circulantes ao longo de 2009 aponta para uma nova mudança do sorotipo predominante. A circulação do Denv-1 [vírus tipo 1 da dengue] alerta para possibilidade de grande circulação do vírus em cada um desses Estados e também nos demais, a partir do momento em que o sorotipo for identificado, em virtude de a população [...] não estar em contato com o mesmo desde o início da década [passada, última vez em que o vírus circulou]", diz o texto.



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