Brasileiros aguardam resgate no Chile

Parentes relatam susto e dificuldades após terremoto de 8,8 graus na escala Richter

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A dona de casa Claudia Santos Coelho da Silva, de 34 anos, e seu filho Caique Santos da Silva, de 7 anos, são apenas alguns dos cerca de 200 brasileiros que aguardam resgate em Santiago, capital do Chile, após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país no último sábado (27).

Segundo o marido de Claudia, o motorista de ambulância José Leandro da Silva, a mulher e o filho estão hospedados em um hotel da cidade, sem documentos ou dinheiro:

- Enquanto isso, ela está esperando uma solução, a retomada dos voos ou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que venha fazer o resgate.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no momento a FAB não tem previsão de enviar aviões militares para retirar os brasileiros que estão presos em Santiago. As companhias aéreas TAM, GOL e LAN, que operam voos regulares entre os países, mantêm canceladas as operações.

Segundo Valdenice dos Santos Coelho, irmã de Claudia que mora no Chile há 14 anos, a Embaixada do Brasil está pagando a hospedagem de brasileiros no hotel, que também fornece café da manhã:

- As outras refeições são bancadas pelos próprios hóspedes. Eu estou tendo que enviar dinheiro por meio de uma amiga para minha irmã, porque ela perdeu todos os documentos e o dinheiro.

Valdenice relata que Claudia estava no saguão do aeroporto de Santiago quando, na madrugada, no terremoto atingiu a cidade:

- Ela me disse que teve que sair correndo por uma escada de emergência. Foi um desespero muito grande, parecia cena de filme. O filho dela se segurava em uma pilastra e gritava que ia morrer.

Apesar das enormes dificuldades, Valdenice diz que a irmã relatou estar sendo bem atendida pela Embaixada:

- O atendimento tem sido bom, sim. O que eles querem agora é retornar para o Brasil.

Neste domingo (28) um avião da FAB retornou do Chile trazendo 12 brasileiros, nove civis e três militares, selecionados pela Embaixada Brasileira no Chile. Esses foram os únicos "resgatados" até agora.

Atendimento não chega a todos

Nem todos os brasileiros presos em Santiago obtiveram sucesso no contato com a embaixada.

Elizaine Sampaio de Moraes conta que seus pais, Joel e Maria de Fátima, tentaram contatar a autoridade diplomática brasileira por telefone, sem sucesso:

- Eles estão em um hotel, junto com outros brasileiros, argentinos e americanos na mesma situação. Não conseguiram qualquer contato com a Embaixada por telefone.

O Itamaraty orienta os brasileiros que estiverem no Chile a procurarem pessoalmente o serviço diplomático em caso de necessidade. A embaixada já recebeu mais de 300 consultas, enquanto as linhas de atendimento no Brasil para parentes e amigos receberam mais de 800 ligações.

Como o prédio do consulado brasileiro, localizado no 15° andar de um edifício de Santiago, foi interditado pela Defesa Civil, o serviço de atendimento foi concentrado na embaixada, na rua Padre Alonso de Ovalle, 1665, na capital chilena.

Para mais informações, segue funcionando, em Brasília, o Núcleo de Assistência a Brasileiros, que pode ser contatado pelos números (61) 3411-8804 e 3411-8805 entre 10h e 18h e (61) 8197-2284, entre 18h e 10h.

Os parentes ouvidos pelo R7 relataram dificuldades no contato com os telefones fornecidos pelo Itamaraty, mas o Ministério das Relações Exteriores diz que o serviço continua funcionando.



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