Cliente chamada de “peituda” quer indenização maior

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou a rede de lanchonetes Bibi Sucos

Avalie a matéria:
Cliente chamada de "peituda" | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A vendedora que ganhou uma indenização de R$ 1,5 mil por ter sido chamada de ?loirinha peituda? por funcionários de uma lanchonete de um shopping da Zona Norte do Rio vai requerer à justiça um valor maior de indenização.

O advogado Wanderson Pinto Mesquita, que representa a vendedora Andréia Rodrigues de Souza, afirmou nesta quarta-feira (3) ao G1 que pretende entrar com um recurso até o dia 15 de março no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para aumentar a indenização em 60 salários mínimos, o que representa atualmente cerca de R$ 30 mil.

?A Andréia não ficou satisfeita com a indenização de R$1,5 mil e por isso decidimos que vamos recorrer para majorar esse valor. O constrangimento que ela passou foi muito grande?, ressaltou o advogado.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou a rede de lanchonetes Bibi Sucos a pagar R$ 1,5 mil de indenização a Andréia, chamada de ?loirinha peituda? numa comanda interna. O caso aconteceu numa filial da Zona Norte e a empresa pode recorrer.

A autora contou no processo que ficou sem entender por que funcionários da Bibi Sucos riam dela e conseguiu provar que sofreu constrangimento por meio de uma comanda interna da loja, em que estava escrito: ?loirinha peituda?.

?Tratou-se, evidentemente, de situação em que a autora da ação foi desrespeitada e exposta a gracejo indesejável, que extravasou a seara do mero aborrecimento?, escreveu em sua decisão a desembargadora Vera Maria Van Hombeeck, da 1ª Câmara Cível do TJ-RJ.

Ela continuou cliente, diz sócio da lanchonete

Ouvido pelo G1, um dos sócios da Bibi Sucos, que preferiu se identificar apenas como André, disse que, após o episódio, a cliente continuou frequentando a lanchonete e que, aparentemente, não parecia estar constrangida.

O advogado da autora da ação, Wanderson Pinto de Mesquita, confirmou que ela frequentava o local com assiduidade por trabalhar como vendedora numa das lojas do shopping onde fica a lanchonete.

?Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ela frequentava porque gostava da lanchonete. Agora, não é aceitável que um estabelecimento faça chacota com os clientes por causa das características físicas. Imagine, então, como seria o tratamento dispensado a uma pessoa que usa óculos, a um obeso ou ainda a quem sofre de calvície?, ponderou o advogado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES