Com nove indicações ao Oscar, “Guerra do Terror” tinha tudo pra não ter destaque

Nos EUA, o filme estreou em julho, enquanto por aqui foi direto para as prateleiras das locadoras.

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Filme com o maior número de indicações ao Oscar deste ano -ao lado da superprodução "Avatar"-, "Guerra ao Terror" tinha tudo para passar despercebido. Orçado em US$ 11 milhões (R$ 20 milhões), o longa arrecadou pouco mais de US$ 16 milhões (R$ 22 milhões). Nos EUA, o filme estreou em julho, enquanto por aqui foi direto para as prateleiras das locadoras. O mais curioso é que, no Brasil, a produção já podia ser vista em DVD em abril, antes mesmo da estreia americana.

A sorte do longa de Kathryn Bigelow começou a mudar a partir do momento em que ele conquistou importantes prêmios. Antes das nove indicações ao Oscar (filme, direção, ator, roteiro original, trilha sonora, edição de som, mixagem de som, edição e fotografia), Kathryn levou para casa o grande prêmio do sindicato dos diretores dos EUA, e "Guerra ao Terror" foi escolhido o melhor filme pelo sindicato dos produtores. O que acaba dando uma certa vantagem sobre "Avatar", já que, nos últimos 20 anos, os vencedores na entidade e no Oscar foram os mesmos 13 vezes. De qualquer forma, a superprodução sobre os seres azuis será uma pedra no sapato e colocará Kathryn e James Cameron, que já foram casados, frente a frente. Ambos concorrem ao prêmio de direção. Ela é a quarta mulher a entrar na disputa e poderá ser a primeira a colocar a mão na estatueta. Mas a briga não será fácil. O longa de Cameron é o filme mais caro já produzido na história (US$ 237 milhões ou cerca de R$ 434 milhões) e a maior bilheteria de todos os tempos (mais de US$ 2 bilhões ou R$ 3,6 bilhões). E a pressão de uma superprodução pode ser determinante.

Trama

"Guerra ao Terror" narra o dia a dia de soldados que desarmam bombas em uma cidade iraquiana devastada pelos anos de conflito. Em mais de duas horas, o filme traz à tona o trabalho de jovens militares americanos no país do Oriente Médio. A diretora utiliza a técnica de câmera na mão, acompanhando todas as ações dos personagens. O foco principal fica em William James, especialista em desativar bombas -pelo papel, o ator Jeremy Renner foi indicado ao Oscar de melhor ator. Em uma das cenas mais espetaculares do longa, James precisa retirar uma bomba colocada dentro de um cidadão iraquiano.

Kathryn também retrata a questão emocional dos soldados. Um deles tem medo de morrer no Iraque e se distrai com o videogame, em um jogo no qual um militar precisa aniquilar os inimigos -algo que, na vida real, ele tem de fazer. Outro reza para que o prazo de permanência no Iraque acabe para, finalmente, voltar para casa. Triste é constatar que, mesmo depois de deixarem o conflito, a guerra, para esses rapazes, não acaba.



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