Cotidiano de Teresina é mostrado em desenhos

Espaço São Francisco deve passar por uma pequena reforma para que atenda ainda melhor os visitantes

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O artista plástico Cícero Manoel, que dirige o Espaço Cultural São Francisco, localizado no bairro Mafuá, vem se dedicando a mostrar os trabalhos de profissionais do Piauí no local. Pelo menos a cada dois meses, uma nova exposição é aberta e quando não acontece de forma individual, traz coletivamente as várias técnicas, formas de se expressar, que revelam estilos. Mas dessa vez, ele resolveu fazer diferente e abre as portas de sua ?segunda casa? para apresentar ao público o que vem a ser sua tônica: os desenhos.

Cícero expõe 40 trabalhos de sua autoria, que trazem, segundo ele, técnicas diferentes de sua carreira, que vêm sendo permeada também pela pintura. No entanto, ele resolveu escolher os traços delicados do desenhos para a mostra. ?São trabalhos que percorrem algumas fases, de 1984 a 2010. Selecionei diferentes técnicas passando pelo nanquim, lápis de cor, grafite, giz de cera, técnicas mistas. Tudo em desenhos preto e branco e coloridos?. Essa multiplicidade de expressão produziu uma variedade de traços que poderão ser conferidos pelos visitantes, uma maneira de conhecer mais de perto o estilo desse artista múltiplo.

Passado e presente da cidade de Teresina se misturam em traços que revelam a vida urbana, um dos assuntos preferidos por ele, as fachadas das igrejas mais tradicionais e muitos outros momentos, sempre captados pelo artista atento a tudo o que acontece ao seu redor. ?São desenhos pequenos que revelam fases diferentes. Meu trabalho sempre envolveu o cotidiano, o que vivemos. A questão da violência, o crescimento vertical de Teresina, tudo é motivo para desenhar?, comenta o artista, que faz questão de lembrar que não estará colocando os quadros à venda. São apenas para serem apreciados pelos admiradores da arte.

Manoel, que já não expõe há algum tempo, mas está sempre produzindo muito, conta que recentemente precisou abrir mão de uma exposição em Fortaleza por falta de tempo para se dedicar a produção dos quadros. As encomendas estão tomando parte do seu tempo.

Sua última mostra individual aconteceu em 2004, no Rio de Janeiro, no Espaço Cultural dos Correios. Também no mesmo ano, ele chegou a levar o seu trabalho para o Rio Grande do Norte, tendo sido muito bem recebido pela crítica.

Ele, que também se dedica a pintura, conta que acha importante trazer para o Espaço Cultural São Francisco, o resultado de anos desenhando, que é uma de suas paixões.

A exposição, que foi aberta ontem, deverá ficar durante um mês e o Espaço Cultural São Francisco deve passar por uma pequena reforma para que atenda ainda melhor os visitantes que podem ter acesso no local não só a exposições, como também tenham a oportunidade de conhecer o acervo de objetos antigos e ainda utilizar e pesquisar lá mesmo nos mais diversos livros sobre arte que foram sendo doados e adquiridos pelo ECSF ao longo desses anos.

O artista plástico conta que mandou confeccionar dois mil folderes de divulgação do Espaço Cultural São Francisco que serão distribuídos em casas de cultura, hotéis e lugares diversos para que as pessoas tenham conhecimento desse lugar múltiplo e que vale a pena ser visitado.



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