Após declaração polêmica de Caio Castro, artistas dividem opiniões

A declaração, que havia passado despercebida na primeira exibição do programa, dessa vez chamou a atenção de Ingrid Guimarães

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Os holofotes estão voltados para Caio Castro e uma plateia, composta por representantes da classe artística, se divide entre defini-lo como mocinho ou vilão. O ator, que está de férias desde o fim de ?Amor à vida?, se tornou o centro das atenções na última sexta-feira, quando foi reprisada no canal GNT uma entrevista concedida por ele a Marília Gabriela, no ano passado, na qual afirma não gostar de teatro nem de literatura.

A declaração, que havia passado despercebida na primeira exibição do programa, dessa vez chamou a atenção de Ingrid Guimarães, que, através das redes sociais, fez duras críticas à afirmação de Caio. Logo depois, outros colegas se posicionaram sobre o assunto, como Miguel Falabella e Pedro Paulo Rangel, que chegou a tachar o ator de ?anta?. Foi o suficiente para criar uma polêmica em torno da questão.

? Tenho pena por ele. Quantos anos ele tem? ? perguntou a atriz veterana Rosamaria Murtinho, de 78 anos, que contracenou com o ator, de 25 anos, na última novela das nove.

Laura Cardoso, do alto dos seus mais de 60 anos de carreira, também foi dura:

? Não acho uma atitude corajosa. Acho que ele é ignorante em não saber o que é teatro. O que ele gosta de fazer? Televisão? Ah, mas aí ele fica restrito, cerceado.

Já o diretor João Falcão, que encabeçou projetos como "Louco por elas", na telinha, ?Gonzagão, a lenda? e "A máquina", no teatro, e "Clandestinos", no teatro e na TV, amenizou.

? Ele tem o direito de gostar do que quiser ? ponderou ele, que, apesar de ser diretor teatral, não ficou chateado: ? Imagina!

Também foi no argumento da liberdade de escolha que se baseou Beth Goulart, que tem mais de 30 novelas na bagagem e, recentemente, protagonizou nos palcos o espetáculo ?Simplesmente eu, Clarice Lispector?.

? Acho que a liberdade é sem fronteiras. Cada um tem a liberdade de gostar ou não (de ir ao teatro) ? disse a atriz, mas fez uma ressalva: ? É comum que a pessoa que tenha escolhido a profissão de ator tenha respeito pelas palavras, pelos livros e pela arte que ele escolheu representar. O teatro é o espaço original do ator. É estranho que ele rejeite a raiz disso.

Nas redes sociais, Ingrid Guimarães demonstrou preocupação com os ?atores do futuro?, e Miguel Falabella disse que Caio Castro ?não é ator. É desinibido?. O tom mais duro das críticas veio de Pedro Paulo Rangel, que comentou no post de Ingrid: ?Não sei quem é a anta e nem me interesso em saber, mas me regozijo de não tê-la pastando em nosso jardim?.

O ator Paulo Betti, que administra o Centro Cultural Casa da Gávea, saiu em defesa do teatro, mas evitou criticar o colega de profissão.

? O teatro é uma das expressões mais importantes para o ator. Mas, se ele não gosta, fazer o quê? Nada é definitivo. Talvez o Caio não tenha assistido a uma boa peça. Não se deve crucificá-lo por isso.

Caio Castro foi procurado para comentar a polêmica, mas até o momento não respondeu. Em entrevista o pai do ator defendeu o filho das críticas: "Quem falou que ele é uma anta é que é uma anta".



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