Dia Nacional do Frevo homenageia patrimônio cultural brasileiro

Ritmo pernambucano é transmitido entre gerações e atrai milhares de turistas ao estado em busca de cultura e diversão

O frevo é uma forma de expressão musical e poética, enraizada em Recife e Olinda (PE) | Andréa Barros/Prefeitura do Recife
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O frevo é uma forma de expressão musical e poética, enraizada em Recife e Olinda (PE). Crédito: Andréa Barros/Prefeitura do Recife

Só quem já ouviu sabe: quando o frevo toca, é impossível ficar parado. Uma mistura que combina elementos das marchinhas carnavalescas, do maxixe e da capoeira, o ritmo fervoroso desperta um impulso instintivo de dançar e reflete a espiritualidade e a alegria do povo pernambucano. O dia 14 de setembro, Dia Nacional do Frevo, foi criado para celebrar esta pérola da cultura brasileira que atrai milhares de turistas ao estado de Pernambuco todos os anos.

O frevo teve origem em Recife durante o carnaval do final do século 19, e surgiu como expressão popular durante um momento de transição e efervescência social ocasionada pelo fim da escravidão no Brasil. Os passos surgiram da rivalidade entre as bandas militares e nas lutas de capoeira que foram se configurando, simultaneamente, numa dança frenética e improvisada na rua.

Apesar de ser uma dança bastante popular pelas cidades de Pernambuco, o frevo - que ganhou este nome em referência à rapidez no movimento dos pés e corpo, como se o chão estivesse “fervendo” - exige habilidade para executar com maestria a coreografia que envolve muitos rodopios e saltos com a simbólica sombrinha colorida.

A dançarina recifense Luísa Sousa diz que desde a infância o frevo esteve presente nos carnavais e festas da família. “Mesmo tendo contato com o frevo desde pequena, é preciso muita prática para realizar alguns passos mais complexos”, ressalta. Mas, segundo Luisa, isso não inibe os milhares de turistas e moradores da cidade que arriscam umas manobras durante as apresentações de rua em Recife. “Não tem jeito certo ou errado. O maior objetivo do frevo é se divertir e espalhar alegria”, comentou.

A importância cultural do ritmo é tanta que, em 2012, o frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. De acordo com a organização, o patrimônio cultural imaterial é transmitido entre as gerações e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, da interação com a natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, o que contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

PAÇO DO FREVO – Para quem quiser conhecer e, mais do que isso, vivenciar a experiência do frevo, o centro da capital pernambucana abriga um importante recanto desse patrimônio. O Paço do Frevo é um espaço dedicado à difusão, pesquisa, lazer e formação nas áreas da dança e música do frevo, visando propagar sua prática para as futuras gerações.

Após meses fechado, em decorrência da pandemia, o local reabriu as portas para visitação na última semana adotando diversos protocolos de segurança sanitária. As visitas poderão ser feitas de quinta-feira a domingo, com capacidade reduzida, e os ingressos deverão ser adquiridos pelo site. Outras medidas de biossegurança também estão sendo adotadas, como a disposição de totens de álcool em gel, o uso obrigatório de máscaras, a medição da temperatura e agendamento de horários. (Por Vanessa Castro/MTur)



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