Em troca de acordo, estudante diz ter recebido oferta de Michel Teló

Segundo uma das universitárias que se dizem coautoras do sucesso, “Ai, se eu te pego”, cada uma receberia R$ 33 mil.

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A estudante Maria Eduarda | Reprodução / Facebook
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A estudante paraibana Maria Eduarda Lucena, que reivindica na Justiça os direitos sobre o sucesso "Ai, se eu te pego", afirmou em entrevista exclusiva ao EGO que Caroline Mendes Dias, advogada da editora Panttanal e, segundo ela, do cantor Michel Teló, intérprete da música, teria oferecido R$ 33 mil reais a cada uma das três universitárias que conseguiram semana passada, na 3ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa, uma medida cautelar liminar que determina o bloqueio judicial de todas as receitas e lucros obtidos com a música. A suposta oferta teria ocorrido em reunião realizada no dia 2 de fevereiro.

Procurado pela reportagem do EGO, Michel Teló informou por meio de sua assessoria de imprensa que Caroline é advogada de todas as empresas ligadas a Panttanal, editora na qual a música foi publicada e que pertence ao irmão do cantor, Teófilo Teló. A assessoria negou que a advogada estivesse representando Michel Teló durante o encontro com as estudantes e também a suposta oferta de acordo: "A advogada fez apenas uma reunião para análise dos documentos que as meninas alegaram ter".

Constam na decisão judicial da semana passada os nomes de Teló; da animadora de palco Sharon Acioly; do advogado Antônio Dyggs; da Teló Produções; da gravadora Panttanal, responsável pela comercialização e rendimentos de "Ai se eu te pego"; da gravadora Som Livre e da Apple Computer do Brasil. Inicialmente, Sharon e Dyggs eram apontados como únicos autores do hit. A Panttanal detém os direitos materiais sobre a obra.

"Ela nos procurou e nos ofereceu inicialmente R$ 2 mil para cada uma. Achamos a proposta absurda e ridícula. Aí ela saiu da reunião para atender a um telefonema e voltou dizendo que pagaria R$ 33 mil para cada uma, mas que deveríamos dizer na mídia que foi um engano e que a composição não é nossa. Ela usou a expressão cala-boca", contou Maria Eduarda.

Ao lado de Marcella Ramalho e Amanda Queiroga, Maria Eduarda aguarda o prazo que a Justiça deu para que fosse contabilizado o lucro que a música já teve no mundo todo.

A advogada Caroline Mendes Dias confirma que esteve no escritório do advogado das três estudantes, Márcio Henrique Carvalho Garcia, mas disse que estava lá representando apenas a Panttanal. Ela nega que tenha feito qualquer proposta financeira no encontro. "Isso é um absurdo. Não aconteceu. Não vou me envolver nesse tipo de baixaria." A advogada afirmou que para a editora é indiferente o número de autores que uma canção venha a ter.

De acordo com ela, o encontro aconteceu porque, como representante da Panttanal, ela tem como papel "defender a música", já que estava acontecendo uma "guerra" na Paraíba com relação aos direitos autorais. "Essa disputa toda estava arranhando a imagem dos envolvidos", disse.

A reunião onde teria sido feita a oferta de R$ 33 mil teria acontecido no escritório do advogado de Maria Eduarda, Marcella e Amanda, em João Pessoa, no dia 2 de fevereiro. Segundo Garcia, Caroline saiu da sala para usar o celular e voltou dizendo que tinha sido autorizada pelo próprio Teló a oferecer o aumento da quantia de R$ 2 mil para R$ 33 mil. "Guardei as imagens da câmera de segurança do meu escritório para provar que o encontro aconteceu", ressalta Garcia.

Ainda de acordo com o advogado, participaram do encontro ele, suas três clientes, Caroline e André Cabral, que, segundo Garcia, é o advogado de Amanda Graziela Cruz, Karen Assis Vinagre e a Aline Medeiros da Fonseca, já reconhecidas com coautoras da canção, após acordo com Sharon.

Segundo Maria Eduarda, ela, Marcella e Amanda não estão interessadas em lucrar com a música. "Não queremos uma quantia para calar a boca. Não estamos, como Sharon Acioly disse em entrevista, fazendo uma "tentativa desesperada de obter lucro". Queremos reconhecimento da autoria, somos autoras e criamos a música", disse Maria Eduarda.



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