Escola de Samba Imperatriz coroa “rei” Zico e incendeia público na Marquês de Sapucaí no Rio

O público nas arquibancadas correspondeu e também se rendeu ao ídolo

Zico na Imperatriz | AFP
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Horas após comemorar 61 anos de idade, o ex-jogador Zico virou enredo de Carnaval na Marquês de Sapucaí. A Imperatriz Leopoldinense entrou na avenida com uma homenagem ao craque do Flamengo e da Seleção Brasileira, nascido em 3 de março de 1953 e que brilhou nos gramados do Brasil e do mundo entre as décadas de 1970 e 1990. O público nas arquibancadas correspondeu e também se rendeu ao ídolo.

O título do enredo da quarta escola de samba a cruzar a Sapucaí nesta última noite de Grupo Especial leva o nome de "Arthur X - O reino do Galinho de Ouro na corte da Imperatriz". Explica-se: Arthur é o nome de batismo de Zico, enquanto o X, na numeração romana, representa o 10, que estampou as costas da maioria das camisas do ex-meio-campista.

A homenagem a Zico começou com uma comissão de frente retratando o sonho da maioria dos meninos do Brasil, de norte a sul: virar um jogador de futebol. Alguns conseguem, e um dos melhores da história nacional ganhou destaque no abre-alas da Imperatriz: Roberto Rivellino, um dos craques da Seleção Brasileira tricampeã do mundo em 1970.

O enredo transformou o bairro carioca de Quintino Bocaiúva em um reino, com Zico seu imperador. O time da vizinhança pelo qual o ainda menino Arthur Coimbra deu seus primeiros passos no futebol, o Juventude de Quintino, também apareceu com ênfase no desfile na madrugada desta terça.

A transformação de Zico em um atleta profissional se misturou ao tom dourado de uma alegoria, que representava o currículo vitorioso e a sala de troféus abarrotada do ex-craque. O time campeão mundial do Flamengo em 1981 também foi homenageado, com as presenças de Júnior, Adílio, Andrade e Raul Plassmann, dentre outros. Apesar de o enredo da Imperatriz tratar do maior ídolo da história do time rubro-negro, a escola representou na Sapucaí os outros grandes clubes cariocas: Botafogo, Fluminense e Vasco apareceram na avenida, com cores e ex-jogadores.

Zico não fez sucesso apenas no Brasil, e os demais clubes por onde ele passou, principalmente como técnico, foram citados pela escola: Itália, Turquia, Grécia, Rússia, Uzbequistão, Iraque e Catar. Já o Japão teve um destaque muito maior: o ex-craque brasileiro é endeusado no país oriental depois de ter defendido o Kashima Antlers no final da carreira e ser um dos responsáveis por popularizar o esporte. Ele também comendou a seleção japonesa na Copa de 2006 - enfrentando inclusive o Brasil na primeira fase.

A Imperatriz Leopoldinense fez uma homenagem tão grande a Zico que suprimiu as Copas do Mundo do desfile. Apesar de brilhante, aquela geração não conseguiu conquistar o tetracampeonato mundial para o Brasil. Em 1982, a Seleção que era considerada a melhor de todos os tempos caiu diante da Itália; quatro anos depois, o time brasileiro foi eliminado nos pênaltis pela França nas quartas de final - Zico saiu do banco de reservas e perdeu um pênalti no tempo normal, quando o jogo estava empatado por 1 a 1.

O homenageado fechou o desfile como destaque principal do último carro alegórico, vestindo roupa de imperador e uma camisa com listras em vermelho e preto. Pelo ex-craque, a Imperatriz quebrou a tradição de representar a coroa no abre-alas: ela acompanhou o "rei Arthur X" no encerramento da apresentação. Com as baterias silenciadas e o samba terminado, a Sapucaí retribuiu e gritou o nome de Zico nas arquibancadas.



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