Evandro Mesquita: “Quem não envelhece morre”, diz em revista

Aos 60 anos, Evandro Mesquita mantém a mesma aura de garotão dos anos 80, década em que ficou conhecido como vocalista da banda de pop rock Blitz

Evandro Mesquita | Divulgação
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Aos 60 anos, Evandro Mesquita mantém a mesma aura de garotão dos anos 80, década em que ficou conhecido como vocalista da banda de pop rock Blitz. Apesar de não gostar de falar sobre a idade, ele acredita que o tempo e a experiência trazem boas compensações. ?Envelhecer é a única maneira de viver muito?, disse à repórter. Apesar da agenda cheia, com os shows e o personagem Paulão de "A Grande Família", ele afirma ter tempo para curtir as filhas, Alice, 5 anos, de sua atual mulher, a backing vocal da Blitz Andréia Coutinho, e Manuela, 22, do casamento com a atriz Íris Bustamante. ?Sou um pai superpresente.?

1- O que é mais importante na sua carreira: a música ou a atuação?

As duas se misturam, são atividades às quais dedico minha vida há muito tempo. O teatro tem uma energia pop, rock?n?roll, e a música tem uma característica teatral forte. Entendo a arte como um todo: representar, cantar, dançar.

2- Você é um sobrevivente do pop dos anos 80 e continua na música, no cinema e na TV. Acredita no mercado pop nacional?

O mercado, no geral, está numa entressafra. As lojas de CDs e LPs praticamente acabaram, é superfácil gravar um disco, qualquer garotão com computador num quartinho grava um som com qualidade legal. Na minha época, era dificílimo, o acesso a uma gravadora era muito restrito. Temos a internet, que é um veículo fortíssimo, a juventude domina melhor. Eu sou uma anta virtual esforçada (risos), mas acho que esse é o caminho.

3- Quem é o público da Blitz hoje?

É a galera que acompanhou a banda desde o início. Mas o que mais me surpreende é que tem uma garotada que descobriu a Blitz na internet ou através do pai, da mãe, do irmão mais velho. Esse público dá um gás novo para os shows.

4- Como encara os 60 anos?

Sem me olhar no espelho, acho que estou com 35 (risos). Não gosto muito desse papo de idade, de pensar nisso. Mas envelhecer é a única maneira de viver muito, quem não envelhece morre cedo. A experiência é uma grande compensação nisso tudo.

5- Como é o Evandro pai?

Sou um pai superpresente. Acordo cedo para levar a Alice à natação, à ginástica. Sempre que posso, levo e busco no colégio, ela me ensina muito. Acho um milagre acompanhar as etapas de crescimento e desenvolvimento de um ser-humaninho. A Manuela tem 22 anos, está mais independente, mas também é uma fase deliciosa.

6- Sobra tempo para você se dedicar à família e namorar?

A Andréia viaja comigo, então estamos sempre juntos. Com relação às minhas filhas, elas sabem que preciso trabalhar, que viajo, mas volto cheio de saudade. A qualidade do tempo que passamos juntos é boa.

7- Faz algo especial para manter esse jeito de garotão?

Não faço nada. Se eu fizesse, não passaria um espírito de juventude. A música tem uma energia boa e sempre fiz ginástica e pratiquei esportes. É claro que o ritmo mudou, meu joelho direito é meio de vidro (risos), porque rompi os ligamentos, mas estou me recuperando.

8- Como sobreviveu à loucura dos anos 80, como festas, drogas?

Com cabeça. Foi um tempo de descobertas maravilhoso em todos os sentidos, de festas, drogas e rock?n?roll. Selecionei as coisas boas para a minha vida e depois passei por um período de limpeza do corpo e da alma. O grande barato é a lucidez.

9- Como era sua vida como astro do pop brasileiro nos anos 80?

Era muito legal. A primeira vez em que viajei de avião com a banda eu não acreditei, achava que era uma coisa só de Beatles e Rolling Stones. Pela primeira vez estava ganhando dinheiro, porque no teatro, por mais sucesso que você faça, é difícil, e a música chega mais rápido ao público.

10- Ao contrário do que diz a música, você soube amar? E soube ser amado?

Amar é uma tentativa eterna de acertar e ser acertado. Com os anos, o equilíbrio e a experiência se tornam coisas menos dramáticas e mais verdadeiras. Com o primeiro amor, você acha que será feliz para sempre, e, quando termina, é o fim do mundo. Mas nem sempre é assim. Estou muito feliz e tentando saber amar. A tentativa é o que vale.



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