“Dizem que pego todas as minhas amigas”, diz Emanuelle Araújo

Aos 43 anos, ela sente a necessidade de olhar para trás para seguir em frente.

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Rainha do alto astral baiano, Emanuelle Araújo está triste. Quem vê o sorrisão com que a atriz e cantora chega a um café na Gávea para esta conversa nem imagina, mas ela surpreende ao contar que está vivendo o ano mais down de sua vida. O motivo é a perda do pai, em fevereiro. Ele foi o primeiro elo entre Emanuelle e a música. Formavam uma dupla de voz e violão nas festas de família, assistiam juntos aos clipes do “Fantástico” (“Clara Nunes cantando ‘Morena de angola' foi um choque”) e passavam os sábados ouvindo Vinicius de Moraes, Baden Powell e Maria Creuza na vitrola, além dos discos de piada de Chico Anysio e Ary Toledo. As informações são do O Globo.

— Ele tinha o humor como salvação. Até em seus últimos momentos de vida, o que nos segurou foram as piadas com a enfermeira — conta. — No enterro, eu e meu irmão imaginávamos as sacanagens que ele falaria. Fazer piada na tragédia é bem da minha família. Mas estou vivendo o ano mais triste da minha vida.

Aos 43 anos, ela sente a necessidade de olhar para trás para seguir em frente. Dia desses, se deu conta de que, ano que vem, faz 20 anos desde que estreou, vestida de Barbarella, à frente da Banda Eva, substituindo Ivete Sangalo. Tinha 20 anos, integrava a companhia de teatro Interarte e já era mãe de Bruna (hoje com 25 anos). Seu próximo projeto também bebe em décadas passadas. Em janeiro, lança disco com canções de Jards Macalé compostas nos anos 1970. “Hotel das estrelas”, “78 rotações”, “Farinha do desprezo”, “Tio Barnabé”, “Movimento dos barcos” e “Quero viver sem grilo”, que batiza o álbum, são algumas. Antes, em novembro, celebra com show os 15 anos da banda Moinho.

Divulgaçã0/Jorge Bispo

Nesta entrevista, Emanuelle conta detalhes do novo trabalho, fala da Zuleika de "Orfãos da terra" ("É uma feminista instintiva, questiona por não se adequar"). Revela também que enfrentou o machismo do pai ao engravidar aos 16 anos, o que a fez contrariar o próprio discurso pró-aborto.

— Eu era líder de classe, lutava pelos direitos coletivos. Meu discurso era “se engravidar, aborto, não tô pronta para isso”. Quando engravidei, não consegui pensar assim nem por um segundo. Era mais discurso do intelecto do que do coração. Mas sou a favor de que a mulher tenha o direito pelo seu próprio corpo.

A atriz, que terminou o namoro com o músico Guilherme Monteiro ("estou solteira, vivendo a vida") conta como lidou com o boato de que estaria se relacionando com a atriz Andréia Horta.

— Dizem que pego todas as minhas amigas. Por que temos que sexualizar tudo?

Divulgação



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