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Helena Ranaldi lembra choro em novela e explica afastamento da TV

Atriz é destaque da dramaturgia

Helena | João Miguel Júnior/Globo
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Durante anos, Helena Ranaldi foi um dos rostos mais conhecidos da Globo, emendando uma novela na outra —ela atuou em quase todas as produções do autor Manoel Carlos, por exemplo. Desde 2014, no entanto, a atriz se afastou dos folhetins, mas os fãs podem revê-la agora. 

Inclusive, suas personagens em "A Favorita", Dedina, e em "Mulheres Apaixonadas", Raquel, encontram-se em um tema delicado: a violência contra as mulheres. 

"São duas personagens que sofreram de alguma forma essa violência, essa relação abusiva com os maridos. Claro que no caso da Raquel isso era diferente, porque isso se repetia, a relação era dessa forma. No caso da Dedina foi uma questão específica que gerou essa reação agressiva", diz Helena em entrevista ao UOL. Em "A Favorita", Dedina era a mulher do prefeito Elias (Leonardo Medeiros), mas o traía com seu melhor amigo, Damião (Malvino Salvador). Ao descobrir o caso da mulher, Elias a espancava e a jogava na rua, em uma cena bastante violenta. 

Já em "Mulheres Apaixonadas", sua personagem, Raquel, era uma professora que fugia do marido violento, Marcos (Dan Stulbach), e que era agredida brutalmente por ele. A novela teve uma série de cenas fortes, como quando Marcos a agrediu com uma raquete de tênis. Até hoje, as imagens estão vivas na cabeça de Helena.

A personagem de Helena em "Mulheres Apaixonadas" se tornou um dos marcos da teledramaturgia brasileira, tanto que é lembrada até hoje. A história de Raquel ajudou a jogar luz sobre a questão da violência doméstica e foi parar até em Brasília. Em discurso na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que era preciso que as mulheres do Brasil se unissem contra os "raqueteiros". "Lembro que as pessoas conversavam comigo quase como se eu estivesse vivendo aquilo realmente. 'Eu tenho tanta pena de você.' As pessoas não conseguiam olhar para o Dan", relembra Helena. A atriz conta também que, na verdade, o tema da violência doméstica entrou na trama de sua personagem depois de uma conversa que ela teve com o autor Manoel Carlos. A sinopse, a princípio, dizia que a personagem iria ter um relacionamento com um aluno seu, bem mais jovem do que ela.



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