Sandra Annenberg: 'Sofri assédio sexual como todas as mulheres'

Apresentadora do Jornal Hoje concedeu entrevista para Contigo.

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Sandra Annenberg surpreendeu os fãs ao declarar, durante entrevista para revista Contigo, ter sido vítima de assédio sexual. A apresentadora do "Jornal Hoje", da TV Globo, falou sobre o papel da mulher nos dias atuais, feminismo e emocionou ao mencionar a parceria com o colega e também jornalista Evaristo Costa, com quem divide bancada no telejornal.

"As mulheres sempre tiveram sobrecarga de trabalho porque acumularam a função de mãe, dona de casa e trabalhar fora. Eu fui discriminada, sofri preconceito, sofri assédio sexual, como todas as mulheres, mas eu fui reagindo. Nós mulheres temos de provar muito mais que somos capazes. Todos os dias. É um trabalho de formiguinha conseguir conquistar esse espaço. Fico feliz de entregar a minha filha um mundo um pouquinho mais igualitário e justo", afirmou. 

Questionada sobre a parceria com Evaristo, a jornalista foi só elogios. "A gente tem uma relação profissional ótima, uma química bacana, já são dez anos juntos. É uma relação diária de muito respeito, companheirismo. Ele tem a vida dele, a família dele, os amigos dele e eu tenho os meus. Eu não convivo muito com as pessoas do trabalho. Talvez seja tão envolvente que, quando a gente se encontra no dia seguinte, parece que nem deixamos de nos ver. Acho que, por isso, cada um precisa tocar sua vida, respirar um pouco longe daqui", acrescentou. 

A esposa de Ernesto Paglia também enalteceu criticas e abordou a diferença de gêneros que, segundo ela, era mais evidente na época em que começou a trabalhar e continua nos dias atuais. 

"Fui criada por uma feminista, sou uma feminista e ser feminista é ser pela igualdade de direitos entre todos os sexos. Eu me orgulho muito de ter sido a primeira mulher a entrar diariamente no Jornal Nacional, a ter um quadro fixo como menina do tempo. Sou de um tempo em que a mulher dividia a bancada como um refresco para os olhos como se ela não tivesse o que dizer, não tivesse o mesmo peso do homem. Sou de um tempo que o homem abria o telejornal e a mulher vinha na sequência. Eu perguntava: ‘Por que todo dia ele que abre?’ Parece bobagem, mas é muito significativo. Socialmente, a mulher sempre teve um papel menor, profissionalmente menor ainda. Os salários são diferentes, sempre mais baixos, mesmo na mesma função de um homem", disse.



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