Sob aplausos, corpo de Cauby é enterrado em cemitério de São Paulo

Cantor morreu na noite desta domingo aos 85 anos

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O corpo do cantor Cauby Peixoto - que morreu na noite deste domingo, 15, em São Paulo, aos 85 anos - chegou pouco depois das 16h ao Cemitério Congonhas, em São Paulo, após ter sido velado pela manhã na Assembléia Legislativa do Estado e seguir em um carro do Corpo de Bombeiros até o local, onde muitas pessoas - entre fãs e amigos - aguardavam no local do sepultamento - que ocorreu pouco depois das 16h, ao som de "Conceição" - clássico eternizado na voz do cantor e entoado pelos presentes.

Uma das mais emocionadas durante a cerimônia era a cantora Angela Maria - que também já havia se emocionado muito durante o velório. Chorando bastante, ela saiu amparada pelo marido, Daniel D'Ângelo.

O cantor português Roberto Leal também compareceu ao sepultamento. "Só não é uma perda maior porque através da espiritualidade vamos ao encontro das pessoas. A obra de Deus se escreve em nossa alma é nosso coração. Ele sempre me chamava de 'príncipe'. E uma vez falei pra ele: so aceito você me chamar assim se eu puder te chamar de 'Rei'. E nós chamávamos assim", disse Leal.

"Conheci em sua plenitude. Ele foi capa de todas as revistas de Portugal. As atitudes dele eram do tamanho de seu discurso. Jamais se dirigiu a seus semelhantes com arrogância", completou o cantor.

VELÓRIO EMOCIONOU PARENTES E AMIGOS

Um dos primeiros a chegar ao local foi Daniel D'Ângelo, marido da cantora Angela Maria - amiga e parceira de longa data de Cauby. Muito abalada, a cantora chegou apenas por volta das 13h20, e foi amparada por amigos e pelo marido para dar seu último adeus ao amigo."Não perdi um amigo, perdi um irmão. Não esperava que fosse tão cedo, esperava continuar por muitos e muitos anos ao lado dele", afirmou a cantora .

Angela, que adorava interpretar a canção "Ave Maria" na companhia de Cauby, também falou sobre as principais características do amigo. "Ele era mais alegre no palco. Fora do palco, era mais calado. Falava pouco, mas falava bem. Não falava mal de ninguém. Não abria a boca para achar defeito em ninguém. Para ele, todas as pessoas eram ótimas . Era um ser humano fora de série", elogiou a cantora.

Angela ainda falou sobre o último encontro com o cantor, antes de uma apresentação dele no Rio de Janeiro. "Perguntei a ele se estava bem e ele disse que sim, mas não estava. Estava bem fraquinho".

Sem conter as lágrimas, a cantora relembrou a relação dos dois. "São 67 anos de amizade, de palco. Me lembro de tudo. Só tivemos coisas boas", disse ela, sempre ao lado do marido.

"A Angela está muito triste, muito abalada, muito chocada. Protelei a notícia o máximo que consegui, mas vazou e eu tive de ligar, contar e pedir para ela ficar calma em casa. São 67 anos de amizade da Angela com Cauby e comigo são 37. Eu dizia que ele era meu cunhado, porque Angela e ele são irmãos. Foi uma trajetória linda que vivemos. Tentei evitar ao máximo dela visitar ele no hospital. Ele já apresentava uns probleminhas de saúde, mas dava para se cuidar em casa, aí se agravou e teve de ir pro hospital", disse Daniel.

Ainda segundo ele, a última vez que Angela e Cauby se viram foi no dia 3 de maio no teatro municipal do Rio de Janeiro.

AMIGOS EMOCIONADOS

Nancy Lara, amiga e assessora de Cauby, estava muito emocionada e falou sobre a relação do artista com a família. "Ele tinha uma vida de artista né? Muitos shows, entrevistas, então não tinha esse estreitamento de relação com a família. Ainda mais porque eles moram no Rio e ele aqui em São Paulo. Mas quando ia para lá sim, era uma festa", disse ela, antes de completar:

"Só convivia com ele quem ele queria. Ele estava se sentindo muito cansado, teve uma febre e levamos pro hospital na quinta. Chegando lá foi diagnosticado com pneumonia", disse Nancy.

Amigos famosos, como o cantor Agnaldo Timóteo e a senadora Marta Suplicy, também foram se despedir do artista.Lilian Gonçalves, filha do Nelson Gonçalves e amiga de Cauby "desde pequena", como ela mesmo revelou, também falou. "Cauby entrou várias vezes em vários hospitais, todas as vezes achamos que seria a última e dessa vez não achamos porque ele estava ótimo. Aí na sexta ele já começou a misturar, não estava mais reconhecendo (as pessoas). Ontem o médico avisou que seria a hora ideal para fazer uma oração para ele. Os amigos que o acompanham estavam todos lá, umas 20 pessoas, Tiago, Rodrigo, Daniel, Nancy, e a cuidadora Ana, que cuidou até o último momento dele. Demos as mãos e fizemos uma oração ao redor da cama. Ele se mexeu, sentiu. Na última palavra da oração, 'amém', foi quando parou de bater aquele controle cardíaco. Aí todo mundo entrou em pânico", contou ela.



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