“Usava roupa 4 dedos abaixo da pepeca”, diz Xuxa sobre anos 80

“Estou me achando gorda e velha, mas aceitei desfilar pela minha história com a marca”, diz apresentadora

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Com 40 anos de carreira, Xuxa Meneghel faz seu retorno às passarelas na noite desta quinta-feira (12.09), no Rio da Janeiro. A apresentadora aceitou o convite de Thomaz Azulay e Patrick Doering para abrir o show por um motivo nobre: a apresentação da The Paradise vai celebrar a Yes, Brazil, marca fundada há 40 anos por Simão Azulay, pai de Thomaz e grande amigo de Xuxa, e que fez parte da história da moda do Rio. As informações são da Revista Vogue.

“Tenho as melhores lembranças da Yes, Brazil. Foi o meu começo de carreira, a minha estreia nas passarelas aos 18 anos, uma fase muito difícil para alguém com nenhuma experiência chegar onde cheguei. Ali fiz amigos para uma vida inteira e descobri roupas que viraram minha marca, como a bota branca de amarrar, a mais conhecida delas”, conta Xuxa, no evento armado no recém-inaugurado hotel Fairmont, em Copacabana."Estou me achando gorda e velha, mas aceitei desfilar pela minha história com a marca".

Até hoje a apresentadora guarda as botas brancas de amarrar da década de 1980 no armário e outros modelos de camurça, todos criados por Simão.

Em uma coletiva de imprensa que aconteceu durante o evento, Xuxa se emocionou lembrado do passado. "O Simão [fundador da Yes, Brazil] sempre me perguntava se podia tirar o forro das roupas, se eu me sentiria confortável... E eu sempre aceitava. O Simão também dizia para mim “Vai de peito aberto, se mostra! E eu achava isso o máximo, topava. Ele pegava uma tesoura na hora do desfile e cortava. Tinha umas ideias muito doidas..."

Sobre as peças sensuais que ficaram famosas em seu corpo, Xuxa lembrou que gostava delas. "Eu usava a roupa quatro dedos abaixo da 'pepeca'", brincou. "Tive uma família que me apoiou muito. Em família de alemães e europeu não se usa roupa em piscina, praia. Eu não via o corpo como algo errado, feio. Minha mãe sempre disse que me achava mais bonita com pouca roupa. Pegava fotos sem roupa pra revista masculina e levava para ela. Lembro que ela também passava óleo no meu corpo e dizia pra mostrar mais. Então, quando o Simão dizia ‘tira’ eu pensava 'uhul', minha mãe vai adorar".

Xuxa também falou sobre suas outras conquistas. "Nunca fui cantora e gravei muitos discos, nunca fui atriz e fiz muitos filmes de sucesso. Hoje não sou mais modelo, por isso não sinto que estou desfilando, quero apenas mostrar para as pessoas que faço parte da história da Yes Brazil. Não tenho mais corpo nem idade pra isso".

Ela ainda mencionou Sasha ao falar sobre como a moda e a relação com os vários tipos de corpos mudaram desde então. "Tenho tamanho normal e sempre fui mais cheinha. Eu não fazia muitos desfiles. Hoje isso está mudando. No desfile da Sasha havia mulheres mais gordas, mais velhas, trans. As marcas sabem que se não houver isso, não vão vender. Hoje não é mais só esquelética, tem que ter atitude. A Yes, sim, não usava só um rosto bonito. Tinha que ser exótico e ter atitude".

Xuxa em evento fashionista no Rio (Foto: Reprodução / Instagram)Outro assunto comentado por Xuxa teve a ver com os "haters". "A gente dava a cara pra bater, mas não sabia o quanto apanhava porque não existia internet [nos anos 80. Hoje não, as pessoas reclamam se não gostam do que eu faço. Tenho medo de onde a internet está nos levando".

Xuxa em evento fashionista no Rio (Foto: Reprodução / Instagram)



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