Atriz Fernanda Machado desperta desejo da revista ‘Playboy’

Na conversa, entrega-se com tintas fortes, gesticula, novamente distante da frieza calculada que ronda sua trama.

Fernanda Machado de "Amor à Vida" | Reprodução/Internet
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Acostumada a se jogar no abismo das vidas que interpreta, Fernanda Machado se veste de Leila, seu papel em ?Amor à vida?, numa rotina quase diária. No dia a dia, contudo, gosta de reforçar as diferenças em relação à personagem, a começar pelo figurino. E, assim, ela surge para o ensaio de blusa branca ? logo, substituída por roupas dominadas pelo preto, marca da vilã?, entusiasmada com o nascimento de uma sobrinha, dias antes de seu rápido afastamento das gravações por conta de uma endometriose. Na conversa, entrega-se com tintas fortes, gesticula, novamente distante da frieza calculada que ronda sua trama. O tipo lascivo incorporado por ela na novela a tornou, pela terceira vez, objeto de desejo da ?Playboy?. Enquanto a atriz escolhia com atenção as peças que iria vestir, longe dali, empresários da revista masculina indicavam o interesse em deixá-la nua.

? Não tem nada firmado ainda, tudo pode acontecer ? adianta-se Fernanda, negando os boatos de uma ?negociação avançada?: ? Sinceramente, não tenho a vaidade de estar na capa da ?Playboy?. Inclusive, nunca achei que tivesse atributos para isso. Mas, hoje em dia, estou muito bem resolvida. Não tenho grandes pudores. Já fiz uma peça em que ficava nua, sem ganhar nada. Duas, aliás (risos). Se topar, vou encarar como trabalho, e trabalhos comerciais a gente faz por grana mesmo. Queria um ensaio mais artístico. Se me possibilitarem, tem uma chance.

Vaidade

Esse desprendimento, ela explica, se contrapõe a um passado em que questões em torno da aparência pipocavam na cabeça de uma Fernanda, ainda adolescente, eventualmente consternada diante do reflexo do espelho. Como muitas jovens na tenra idade, ela se incomodava com o que via e quis mudar.

? Eu era mais gordinha quando eu era mais nova. Aí, eu emagreci e me vi uma mulher mais desejável. Fiquei mais vaidosa, e começaram a surgir as noias. Tinha com tudo, experimentei uma vaidade que não gostei. Aos poucos, fui desencanando. Depois, em peças, fiquei feia várias vezes e acho isso libertador.

Antes de declarar a própria alforria e experimentar os prazeres da independência que a maturidade foi lhe proporcionando, ela cogitou até fazer plástica no arrebitado nariz. Foi preciso que um sábio primo, também cirurgião, a convencesse do contrário.

? Ele disse que se eu fizesse plástica no meu nariz, iria perder a minha personalidade. Depois de muita conversa, entrei em paz. Na adolescência, eu tinha pavor dele, mas sempre tive medo de plástica. Eu pensava: ?Imagina se eu acordo com um nariz que não tem nada a ver comigo? (risos) ? recorda a atriz, novamente às voltas com o trauma já adormecido: ? Por conta da novela, discute-se tanto o meu nariz. Muita gente fala mal, e às vezes volta aquela coisa de antes. Mas já está resolvido. Meu nariz é torto, mas estou feliz. É grande, mas combina com o resto.

A cisão entre atriz e personagem é evidente. Se Leila é cria do pecado ? filha da luxúria, irmã da inveja e afilhada da cobiça ?, Fernanda é guiada pelo autocontrole. Quando revela que fala palavrão, diz baixinho, sussurrado, seu xingamento preferido. Por outro lado, a vilã oferece a sua intérprete a oportunidade de exagerar. Recentemente, Fernanda machucou a orelha ao vestir a ira de Leila, numa cena que ainda não foi ao ar.

? Ela quebra o quarto inteiro. Estava com um brinco enorme, quando enroscou na cortina, puxei, e já estava sangrando. Não estou nem aí, gosto de ser visceral. Eu perco a orelha, mas faço a cena ? conta Fernanda, pensando sobre seu comportamento: ? Talvez por isso eu seja atriz. Na hora da cena, eu vou e coloco tudo que na vida real eu não saberia fazer. A única vez que me vi fora do controle foi quando alguém que eu amo muito estava em risco. No geral, eu posso chorar sozinha, mas não vou gritar com alguém. Não explodo, implodo.

Na ficção, Leila vive um amor sem pudor por Thales (Ricardo Tozzi). Como fêmea, ela grita, fica bruta, num estado de excitação cujo limite com a loucura é tênue. Essa característica ganhará contorno quando o escritor, perturbado pela assombração de Nicole, começar a rejeitá-la na cama.

? Leila precisa de sexo. Acho que vai despirocar quando for rejeitada. Eu sou aquela pessoa tranquila. Quando eu estava sozinha, não curtia ficar pulando de galho em galho. Claro que sexo é importante, mas não sou movida a isso ? diz Fernanda.

Diante de Leila, cada vez mais consumida pela obscuridade dos desejos, ela novamente se despe da aura da vilã:

? Se as pessoas me vissem, talvez se surpreendessem. Gosto do carro simples, não tenho joias. Vou ao mercado, ao banco... Tenho uma diarista que vai na minha casa de vez em quando. Então, limpo, cozinho, dou banho na minha cachorra, corto os pelos dela. Luxo, hoje, é você ter uma vida simples, sem precisar de mais e mais coisas. Busco isso para mim.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES