FGV libera acervos fotográficos de mulheres intelectuais do século XX

Acervo com mil imagens para consulta pública contém imagens da escritora Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça e da antropóloga Yvonne Maggie

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Anna Amélia de Queiroz | Divulgação
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Cerca de mil fotografias dos arquivos da escritora Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça e da antropóloga Yvonne Maggie foram liberadas pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas.

As fotografias retratam momentos da vida pública e privada e as experiências de mulheres que fizeram história como ativistas e intelectuais ao longo do século XX.

As viagens, as coleções de objetos e obras de arte, bem como os registros da família Carneiro de Mendonça são mostradas no acervo de Anna Amélia. O acervo tem ainda as registros das residências da Rua Marquês de Abrantes e no Cosme Velho e imagens da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, organização que teve um papel fundamental na conquista de direitos das mulheres no Brasil, incluindo o direito ao voto. 

Entre as fotografias de Anna, destaque para o álbum da viagem feita de Zeppelin, quando a escritora foi indicada pelo presidente Getúlio Vargas para participar como delegada do Brasil no XII Congresso Feminino, em abril de 1935, em Istambul. 

Anna Amélia de Queiroz

Yvonne Maggie

Estudiosa das religiões afro-brasileiras, o acervo fotográfico da antropólaga Yvonne Maggie tem registros do trabalho de campo para pesquisas acadêmicas. São registros feitos durante o trabalho de campo para sua tese de doutorado, depois publicada no livro "Medo do Feitiço: relações entre magia e poder no Brasil". As fotos retratam a própria, as mães de santo Dona Conceição e Dona Cacilda. Na coleção, há também registros de objetos do Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Museu Antropológico Estácio de Lima, em Salvador.

O arquivo também reúne fotografias de objetos sagrados apreendidos pela polícia em terreiros de candomblé e de umbanda, no início do século XX. A coleção foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), em 1938, com o nome de coleção da "Magia Negra".

A iniciativa é parte de um conjunto de ações da Coordenação de Documentação do CPDOC, para que pesquisadores de todo o mundo possam continuar a trabalhar em suas pesquisas nesse contexto de isolamento social imposto pela pandemia. O projeto é fruto de uma parceria entre o CPDOC e o Center For Research Libraries (CRL) para a digitalização de aproximadamente 35 mil páginas de registros textuais e iconográficos acumulados por mulheres ao longo do século XX. Todos esses documentos podem ser acessados gratuitamente no Portal do CPDOC (cpdoc.fgv.br/).

Yvonne Maggie



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