'Fotona' de nu artístico reúne 115 pessoas em Brasília; fotos!

A foto foi feita no Museu da República pelo fotógrafo Kazuo Okubo

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Debaixo de um céu sem nuvens em uma praça ampla de cimento e concreto, havia corpos nus. Sem roupa e sem pudor, 115 homens e mulheres compuseram a cenografia da Praça do Museu da República, no coração de Brasília, na manhã deste sábado (2).

A intervenção no espaço urbano foi registrada pelo olhar do fotógrafo Kazuo Okubo, que carrega 43 anos de experiência por trás das lentes.

Reconhecido pelo trabalho sensível com a nudez, ele ficou responsável por captar o momento histórico – esta foi a maior foto de nu artístico do Centro-Oeste em número de pessoas, segundo os organizadores.

Do alto de um guindaste a 20 metros de altura, o fotógrafo, munido de um alto falante, coordenou os participantes para formar desenhos. Um drone também registrou a intervenção.

A “fotona”, assim chamada pelos idealizadores, ocorreu a céu aberto na região de maior concentração de ternos e gravatas de Brasília como forma de protesto à “caretice e ao conservadorismo da cidade” e para “reafirmar os corpos enquanto ferramenta de manifestação artística, cultural e política”.

Segundo o idealizador da foto-protesto, Diego Ponce de Leon, a ideia de fazer um nu coletivo e registrar o momento surgiu da vontade de "contrariar o panorama retrógrado e careta da cidade opressora que não abarca a arte".

'Fotona'

Já do lado de fora, em frente à rampa do museu, o fotógrafo Kazuo Okubo posicionou os participantes em formato de mandala cujo centro era o artista Maikon K.

Em seguida, todos se deitaram na rampa, de barriga para cima. Com canetas, escreveram frases no corpo e se organizaram em retângulos, como um quebra-cabeça.

A ação deste sábado foi organizada em parceria com o festival internacional de teatro Cena Contemporânea, que convidou o artista para voltar a Brasília e repetir a performance exatamente como havia tentado fazer, em praça pública. A apresentação, “DNA de Dan”, será realizada às 17h.

Para evitar que o nu coletivo fosse impedido, mais uma vez, por policiais (ou mesmo por pessoas comuns), os organizadores conseguiram autorização da Secretaria de Segurança, que montou um alambrado para demarcar a área onde a intervenção ocorreu.

Preparação

Antes de abandonar as roupas, os participantes da “fotona” assistiram a uma fala do artista paranaense, que comentou a forma como a nudez é encarada socialmente. "Fico pensando por que esse corpo nu ainda assusta tanta gente. Cada um quer um pedaço dele, quer legislar sobre ele. A política, a igreja, a família, a escola."

Em seguida, dois participantes se manifestaram sobre o tema:

"Um simples ato de nudez é obsceno, mas a ejaculação em uma mulher não constrange",

Quem participou?



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES