Ministro diz que não há “razão objetiva” para cancelar o Enem

Na segunda-feira (8), juíza federal suspendeu Enem, em caráter liminar.

Ministro da Educação, Fernando Haddad. | Reprodução TV Globo
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (9), que a eventual anulação de algumas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria normal. O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado (6), estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação e a gráfica responsável pela impressão admitiram as falhas.

"O Enem tem 180 questões e o gabarito oficial sai depois que os formuladores das provas, que são professores universitários, fazem a checagem final. No ano passado, por exemplo, nós tivemos que anular uma questão. E há vários casos de vestibulares em que, a cada 100 questões, há uma taxa de tolerância em que se admite uma falha, uma questão sem resposta ou com duas respostas, e essa questão não é considerada. Vamos aguardar o parecer dos técnicos que elaboraram a prova e o gabarito oficial dá a palavra final sobre o assunto", afirmou.

De acordo com o Ministério da Educação, a divulgação do gabarito oficial do Enem está mantida para esta terça, apesar da decisão da Justiça Federal do Ceará de suspender, em caráter liminar, o exame em todo o país. A decisão foi tomada na segunda-feira (8) pela juíza federal da 7ª Vara Federal, Karla de Almeida Miranda Maia, que aceitou a argumentação de ação civil pública do Ministério Público Federal. A ação afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos.

Suspensão do Enem

Segundo Haddad, o Ministério da Educação deve apresentar à Justiça uma explicação sobre o uso da Teoria de Resposta ao Item (TRI). "Nós vamos recorrer da decisão da juíza. Não há nenhuma razão objetiva, técnica, para cancelar a prova do sábado. Se nós não acatarmos a Teoria de Resposta ao Item, se não considerarmos que é possível aplicar uma prova aos alunos prejudicados com o mesmo grau de dificuldade da primeira, nós vamos colocar em risco todo o sistema de avaliação do Brasil", diz.

"Vamos levar ao conhecimento da Justiça que a tecnologia educacional hoje permite, com toda a precisão, fazer isso [a aplicação de provas diferentes, com o mesmo grau de dificuldade para os estudantes", afirma o ministro.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES