Moradores ajudam no resgate de vítimas de prédio que desabou

Segundo os bombeiros, 4 pessoas morreram e 15 ficaram feridas

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Vista geral dos escombros do prédio | Globo
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Bruno dos Santos, morador da Cidade Nova, foi um dos primeiros a chegar no prédio que desabou na manhã deste sábado (30) no Centro do Rio de Janeiro.

Ele chegou antes mesmo dos bombeiros. "Estava dormindo, acordei com um barulho enorme. Achei que era tiro. Mas quando olhei só vi muita fumaça," lembra.

Ele conta que resgatou duas crianças dos escombros. "Vi as mulheres desesperadas e uma delas desmaiou. Levamos para a ambulância e depois fomos resgatar os filhos dela." Bruno resgatou uma menina, que segundo ele, morreu. Resgatou também outra criança, um menino de 7 ou 8 anos, que ainda segundo ele, sobreviveu.

De acordo com a assessoria de imprensa dos Bombeiros, quatro pessoas morreram no desabamento, e quinze pessoas já foram retiradas dos escombros com ferimentos.

Moradores contaram que escutaram um estalo momentos antes do desabamento. Populares ajudam no resgate das vítimas. Algumas casas próximas ao prédio também desabaram parcialmente. Um cão farejador foi levado ao local para ajudar na busca por mais vítimas nos escombros.

Prédios antigos

Marcelo Soares, 40 anos, que trabalha na rua em que ocorreu o desabamento, chegou ao local minutos após a tragédia. ?Cheguei por volta de 7h45 e não vi mais o prédio, estava tudo arriado. Pelo que ouvi de relatos, foi tudo muito rápido, fez um barulho e caiu tudo. Eu não acreditei. Fiquei abalado?, diz.

Apesar de estar há 15 anos trabalhando na rua, Soares conhecia apenas de vista as famílias e crianças que moravam no prédio. ?Não tinha aquela intimidade, mas a gente sente pelas famílias de pessoas que perderam a vida. O pessoal está aqui desesperado, e os bombeiros ainda trabalham na retirada dos escombros?, conta o funcionário.

Segundo Soares, o prédio que desabou, assim como outros da rua, era muito antigo. ?Era feito de tijolos antigos, aqueles deitados, e era uma construção bem úmida por dentro.?

Hélio Augusto dos Santos, proprietário de outra loja de autopeças na Rua Laura de Araújo, descreve o momento exato do desabamento do imóvel.?Estava chegando para trabalhar e, de repente, por volta das 7h, ouvi um barulho, subiu muita poeira e começou o desespero?.

No local, segundo Santos, moravam mais de dez famílias. ?Em cima da oficina havia um cortiço, com muitas famílias, muitas crianças, muita gente humilde. Eram dois andares de moradias, fora os ?puxadinhos?, ampliações irregulares?, conta.

A região, ainda de acordo com Santos, fica próxima a um mangue, e os frequentes alagamentos teriam contribuído para deteriorar as estruturas do imóvel, já antigas. ?Esses prédios já haviam sido desapropriados e deveriam ter sido demolidos, mas o descaso das autoridades levou a esse acidente. É muito triste?, diz.



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