Nova novela terá até câmeras-robô nos moldes do Big Brother Brasil

Diretora da novela explica como funciona a caixa cênica

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Diretora de novelas de sucesso como "Celebridade", "Cordel Encantado" e "Avenida Brasil" Amora Mautner se tornou um sinônimo de sucesso e se prepara para mais uma trama do horário nobre em parceria com João Emanuel Carneiro.

Em 31 de agosto estreia "A Regra do Jogo" e qualquer semelhança da diretora com Atena não será mera coincidência. Com seu "jeito intenso", segundo ela própria, além de ser inspiração para a vilã de Giovanna Antonelli, a loira traz uma novidade revolucionária para a maneira de fazer novela: a caixa cênica, cenário fechado com 8 câmeras, como num reality show.Completamente segura de si e capaz de comandar uma equipe numerosa, Amora se aproxima de Atena não no que se refere à maldade e à faltad e moral da antagonista, mas sim no modelo de mulher poderosa e assertiva.

Contudo, na comparação com a personagem, ela garante que ser ou não inspiração é o menos importante. "Acho que tenho um jeito intenso que ela está traduzindo para o jeito dela. A Giovanna é uma grande atriz, que mistura composição com verdade e está trazendo e para a Atena alguns bordões meus, mas o que importa mesmo é a interpretação dela. Acho que tem algumas frases minhas e ela me acha engraçada", pondera.E Giovanna está longe de ser a única do elenco a receber elogios fervorosos da diretora. Na coletiva de lançamento da nova novela, Amora se ajoelhou para ovacionar Alexandre Nero, que ela anunciou como um fenômeno de beleza sexual. E também avisou que, apesar do jeitinho mineiro, contida, Vanessa Giácomo está uma louca selvagem como a mocinha Tóia. Por fim, ao falar de Marco Pigossi, o elogio foi duplo: "Ele tem talento e 18 gominhos no abdômen".

A caixa cênica e a pegada de reality show

Inspirada pelas câmeras do "BBB" e de outros reality shows, Amora Mautner inova o modo de fazer telenovela com a caixa cênica. "São oito câmeras rodeando os atores, como num autorama, ou seja, para onde eles andam as câmeras vão atrás. E eu faço umas coisas no meio da cena, tipo assim: 'O Nero agora vai fazer alguma coisa diferente no gravando, então fica todo mundo atento'. Aí ele vai para o banheiro, por exemplo, no meio da cena.", ela explica. E completa: "Os cenários são todos montados inteiros como se fosse uma casa, só que tem câmeras escondidas. É incrível, eu tô muito feliz com o resultado, porque acho que traz o que eu realmente acredito como o melhor da comunicação com o público, que é a energia do ator."

"São quatro cameramen, três câmeras robôs - que vão em todos os lugares - e um Mövi (um tipo novo de estabilizador da imagem). Antigamente eu fazia um ensaio e gravava várias vezes, agora, eu ensaio três vezes, fica afinado e eu gravo. E no gravando eu boto dois câmeras no 'ao vivo', o que significa que uma câmera vai acompanhar a Giovanna e a outra o Nero, por exemplo".

Inspirações vieram do 'BBB' de de 'Dogville'

"Foi uma criação minha, a ideia evoluiu, nós fizemos dois anos de testes, desde a questão da engenharia até a questão da produtividade, e deu tudo certo (...) É um cenário-base que acopla outros. As principais câmeras são por fora e algumas por dentro. É um reality. Eu fui lá no BBB e copiei... Adaptei, na verdade", conta a loira, sobre a idealização da caixa cênica. Quando perguntada se pensa na possibilidade de outros diretores passarem a usar a nova técnica, Amora declara: "Eu só penso em mim! (risos) Sou muito autocentrada, só penso nos meus projetos". Ela também fala das dificuldades técnicas que foram enfrentadas para excutar o projeto.

"A engenharia foi muito importante porque a gente teve que importar alguns equipamentos que ainda são novos e por isso foi preciso um treino. É um jeito operacional ótico diferente, então importamos e os câmeras ficaram testando e ensaiando durante dois meses. Além disso, as próprias câmeras robôs demoraram a ficar azeitadas, porque são robôs, então teve todo um trabalho. Outra questão, por exemplo, foi onde cabear, pois já que é 360 graus, onde é que vai o cabo? Tivemos que colcoar por dentro das paredes. A luz também, eu gastei três vezes orçamento de qualquer equipamento de luz. Porque é meio Dogville, a lógica é Dogville, onde há cena tem luz", declara a artista, que garante não ter mais trabalho na edição por causa da multiplicidade de câmeras.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES