Papa Bento XVI diz que casamento gay é ameaça à criação

Bento XVI discursou para diplomatas no Vaticano

Papa | G1
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O papa Bento XVI associou nesta segunda-feira (11) a oposição da Igreja ao casamento gay a preocupações com o meio ambiente, sugerindo que as leis enfraquecendo "as diferenças entre os sexos" são uma ameaça à criação. O papa fez os comentários ao falar a diplomatas em sua avaliação anual dos eventos mundiais.

O principal tema do discurso foi o meio ambiente e a proteção da criação. "Para levar adiante nossa reflexão, precisamos lembrar que o problema do ambiente é complexo; é possível compará-lo a um prisma multifacetado", disse ele. "As criaturas diferem-se uma das outras e podem ser protegidas, ou colocadas em perigo, de formas distintas, como sabemos a partir da experiência diária.

Um ataque desse tipo vem de leis ou propostas que, em nome da luta contra a discriminação, atingem a base biológica da diferença entre os sexos", afirmou o pontífice. "Estou pensando, por exemplo, em alguns países da Europa ou da América do Sul e do Norte", disse. Essa foi uma referência clara a leis aprovadas ou propostas em diversas partes do mundo. No mês passado, a Cidade do México tornou-se a primeira capital da América Latina a permitir o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Na Califórnia, nos EUA, a proibição do Estado contra o casamento gay vai a julgamento na segunda-feira, num caso federal onde os querelantes esperam seguir até a Suprema Corte dos Estados Unidos e derrubar o banimento em toda a nação. O casamento gay é permitido por lei em diversos Estados norte-americanos e em alguns países europeus.

"Ainda assim, a liberdade não pode ser absoluta, pois o homem não é Deus, mas a imagem de Deus, a criação de Deus. Para o homem, o caminho a ser tomado não pode ser determinado pelo capricho ou pela teimosia, mas precisa corresponder à estrutura desejada pelo Criador", disse ele.

No discurso a diplomatas de mais de 170 países, o papa repetiu os temas de sua mensagem para o Dia da Paz Mundial em 1 de janeiro, onde afirmou que os países industrializados devem reconhecer sua responsabilidade pela crise ambiental, reduzir o consumismo e adotar estilos de vida mais equilibrados.

Ele disse aos diplomatas estar preocupado com a falta de um acordo na cúpula climática de Copenhague no mês passado. "Eu compartilho da preocupação crescente causada pela resistência econômica e política para combater a degradação do ambiente", disse ele, acrescentando esperar que "seja possível chegar a um acordo para tratar efetivamente dessa questão" nas próximas conferências em Bonn e na Cidade do México neste ano.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES