Pesquisa mostra que venda de livros segue aquecida na Pandemia

Escritora Kiusam de Oliveira ressalta a importância do dia Nacional do Livro em todo o país

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Kiusam de Oliveira é uma das autoras brasileiras mais renomadas na literatura infanto-juvenil | Ricardo Parada
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Kiusam de Oliveira é uma das autoras brasileiras mais renomadas na literatura infanto-juvenil (Foto: Ricardo Parada)

Por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), alguns brasileiros buscaram utilizar o livro como uma maneira de se entreter em casa, seja ele físico ou digital. Segundo uma pesquisa feita pela Nielsen (Empresa global de informação, dados e medição) em parceria com o Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), as vendas de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento aumentaram cerca de 6,4% em 2020.  

Os livros têm como função transmitir conhecimento, enriquecer as pessoas culturalmente, divertir, relaxar e sem dúvidas é uma boa companhia. A leitura proporciona diversos benefícios, como desenvolvimento da imaginação, criatividade, comunicação, além do aumento de vocabulário, conhecimentos gerais e do senso crítico.

Os autores nacionais sentiram os efeitos positivos neste período de “fique em casa”. A cultura foi uma das maiores companheiras para todos. A escritora e doutora em educação Kiusam de Oliveira que leva para suas obras cultura, literatura, e consequentemente aborda temas como, aspectos sociais, bullying, preconceitos de raça e cor, com o objetivo das crianças de hoje se desenvolverem a fim de formarem opinião consciente no futuro, ressalta: “É comum associarmos a ideia do livro ao entretenimento ou ao conhecimento. Os textos trazem visões de mundos e o importante para mim seria neste dia destacar a importância do livro e como ele pode tirar pessoas do abismo ou colocá-las lá”, comenta Kiusam.

Não é a toa que Kiusam recebeu o Prêmio ProAC Cultura Negra 2012, com o seu sucesso “O Mundo no Black Power de Tayó”, elencado no ranking dos dez livros mais importantes do mundo, em direitos humanos, pela ONU, entre outros. O seu recém-lançado O Black Power de Akin (Editora de Cultura), traz a história de Akin um jovem negro de 12 anos que cobre a cabeça com um boné ao ir para a escola. Ao seu avô, Dito Pereira, ele não conta que tem vergonha do seu cabelo, motivo de chacota dos colegas. Antes que Akin tome uma atitude brusca, o sábio avô, com a força das histórias da ancestralidade, leva o neto a recuperar a autoestima. Agora confiante, Akin ergue seu cabelo Black Power e se sente um príncipe. Além do prefácio assinado pelo rapper Emicida, O Black Power de Akin tem projeto gráfico e ilustrações que incorporam referências da ancestralidade em linguagem contemporânea de arte digital, criados pelo designer Rodrigo Andrade. 

Sobre Kiusam de Oliveira

Nascida em Santo André, grande São Paulo, aos 14 anos ingressou no Colégio IESA para cursar Magistério de 2o Grau. Logo após, foi para a Fundação Santo André cursar Pedagogia, com habilitações em Administração Escolar e Orientação Educacional. Para qualificar-se fez lato-sensu em Metodologia do Ensino Superior e, na sequência, na USP habilitou-se em Deficiência Intelectual e Mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e Doutorado em Educação, ambos pela USP.

Atua como professora há mais de 25 anos, tendo dedicado grande parte deste período à Educação Especial e à formação de profissionais de Educação no município de Diadema/SP, implantando a lei 10.639/03 e ocupando funções de gestão pública. Desenvolveu também, ao longo de anos, atividades formativas para educadores e profissionais de todas as áreas juntamente às instituições públicas e privadas, com temáticas relacionadas à diversidade de gêneros, questões étnico-raciais e afins. 

Leitora contumaz e escritora, desde pequenina foi incentivada por sua mãe, que colocava nos bolsos dela bloquinhos de notas e lápis, para ela registrar o que visse pela frente. Sua mãe era uma associada do Círculo do Livro e a deixou escolher um livro pela primeira vez. Sua escolha? Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Sua segunda escolha? Os Sertões, de Euclides da Cunha. Ousada! E ela tinha apenas 10 anos.

Entre diversas atividades desenvolvidas desde a infância, iniciou ballet clássico aos seis anos; arte que seguiu estudando por 18 anos sequentes, tendo se tornado professora ainda adolescente, para turminhas de baby class. Estudou com Madame Toshie Kobayashi, Alfredo Valderrama, Vânia Motta, Joyce, Lennie Dale, entre outros nomes importantes desta categoria.

Aos 16 anos, teve seus primeiros contatos com a dança-afro, na Escola de Samba Unidos do Peruche. De 2000 a 2007 montou a “Corte dos Orixás” do Bloco Afro Ilu Obá de Min, em São Paulo e começou a ministrar a oficina Ará Ayó: Dançando e Cantando com os Orixás, em São Paulo e em todo o país. Também a partir daí, foi se aprofundando em danças-afro-brasileiras. Desde 2007 integra como bailarina e coreógrafa o show Tecnomacumba, de Rita Benneditto.

A partir de 2009, iniciou uma sequência de lançamentos literários, com grande repercussão nacional e internacional. Suas obras foram premiadas por diversas frentes: com o livro Omo-Oba-Historias de Princesas, altamente premiado e que em 2019 completou 10 anos de sua primeira edição.



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