População mostra bastante criatividade e irreverência no maior Corso do mundo

Foram 176 caminhões inscritos para desfilar na Raul Lopes, que no último sábado (7) se transformou na passarela da alegria, apesar de nem todos terem conseguido passar pela avenida

Corso | Moises Saba
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Foram 176 caminhões inscritos para desfilar na Raul Lopes, que no último sábado (7) se transformou na passarela da alegria, apesar de nem todos terem conseguido passar pela avenida, por motivos de desistência, os que se fizeram presentes garantiram a animação do público teresinense.

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O desfile que iniciou com a passagem dos três carros que traziam os três casais de reis e rainhas do Carnaval. O primeiro casal foi o rei e a rainha do Carnaval 2015, o segundo o rei e rainha da 3ª idade e o terceiro casal, foi o Rei e Rainha da Acessibilidade.

Eram caminhões de variadas temáticas, o que abriu o desfile foi o caminhão da acessibilidade com o tema “Heróis da Superação” e o segundo foi “Corso Diplomado” da faculdade Maurício de Nassau. Os demais traziam também muita alegria e criatividade dentre eles estavam “Papooca Doido”, “Mistério da Índia”, “Os Caça- Fantasmas” e “Hollywood Dublês”.

E ainda passaram pela Raul Lopes os caminhões “Oceano e seus encantos”, o grande vencedor da edição 2015 do Corso. Ele foi feito na maior parte de copos descartáveis e esponjas, trouxe elementos do fundo do mar, como o polvo, peixes, estrela do mar e até sereias. Também passou pela avenida o caminhão “Petrolão” que apresentou uma das maiores polêmicas da atualidade, ao fezer alusão ao escândalo da Petrobrás.

Houve caminhões que fizeram homenagens, um deles foi o “Buzão do Forró”, que homenageou o jovem Isac do Acordeon, natural do município de União, e também que ganhou homenagens foram: o brasileiro Chico Anysio e o mexicano Roberto Gómez Bolãnos, o Chaves, com o caminhão “Alegria e saudades que ficou”. Humoristas que apesar de falecidos, estão imortalizados na mente dos brasileiros.

A homenagem ao Chaves, não ficou restrita ao caminhão, foi possível encontrar vários Chaves e de diversas idades pela Raul Lopes. Dentre eles estava o pequeno José Virgílio, de apenas um ano e cinco meses e filho de Eliziane Barroso que se fantasiou de Chiquinha e de Geraldo Motta, de Nhonho.

“Decidimos trazer o Chaves para o Corso, em homenagem ao falecimento dele. Porque esse personagem é tão querido por todos nós e que fez parte da nossa infância. E hoje, faz parte da história de nosso filho”, revela Eliziane Barroso.

As fantasias dos demais foliões faziam homenagens diversas, trouxeram para a avenida princesas e vilões. Como é o caso de Larisse Neves, cantora, que apesar de atualmente morar em São Paulo, faz questão de, todo ano, fazer sua fantasia e participar do Corso.

“Eu passo um ano pensando em qual fantasia usar no Corso, para começar a produzir. Porque cada detalhe da minha fantasia sou eu mesmo quem faz. Comecei a fazê-la antes do Natal para ficar do jeito que eu quis. Apesar de atualmente, morar em São Paulo, sou apaixonada pelo meu estado e pelo evento”, confessa Larisse Neves que ano passado se fantasiou de cigana.

Já Zumira Fejó, moradora do Bairro Buenos Aires, zona norte da capital, que foi pega fazendo uns ajustes em seu visual, tem a tradição de combinar a fantasia com o esposo. “Já é nosso quarto Corso e todo ano combinamos nossas fantasias. Este ano, Meu marido decidiu vir de Drácula e eu vim de Dracona”, destaca Zumira Fejó.

Mas como a fantasia não é o elemento obrigatório para participar do Corso, e sim a alegria, há quem foi apenas para ver o movimento, como fez o estudante de enfermagem, Francisco Frazão, que para lhe fazer companhia levou o cachorro de estimação, Charles, de apenas dois anos. “Já é a segunda vez que trago o Charles, ele apesar de dócil, é bastante elétrico, adora estar circulando e vendo o movimento. Não quer saber de braço, quer desfilar por ele mesmo e ainda está procurando uma namorada”, revela Francisco Frazão, que deu o nome de Charles ao seu cachorro, em homenagem ao Príncipe Charles.

O padrinho da Acessibilidade no Corso

A noite deste sábado (7) foi de muita animação e surpresas, inclusive no caminhão da Acessibilidade com o tema “Heróis da Superação”, dedicado à pessoas com deficiência. Além de ter sido o caminhão que abriu o desfile, na oportunidade, foi escolhido um padrinho que defende e luta pelos direitos de pessoas com deficiência.

Recebeu das mãos de Gilmara Costa, colaboradora da ASCAMTE, Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina, a placa que simboliza o apadrinhamento, o cantor Leonardo Barreto, conhecido como Léo vocalista da banda Xenhenhém.

“Aqui, no caminhão dos “Heróis da Superação”, há pessoas cadeirantes, com deficiência auditiva e síndrome de down. Mas na verdade, eles não têm deficiência alguma. Mas sim um enorme coração, bastante acessível. Eles abriram o Corso, para abrir os nossos corações”, declarou no momento da entrega do mérito, Leonardo Barreto.

Para Gilmara Costa, colaboradora da ASCAMTE, o apadrinhamento de Leonardo Barreto, se deu por este já ter se mostrado interessado e sempre disponível pela causa. “A escolha é por ser uma pessoa acessível, responsável, compromissada e dedicada em tudo o que faz”.

Superheróis invadem o Corso 2015

Dentre as fantasias mais vistas, estava a de superheróis, a equipe do Jornal Meio Norte conversou com alguns foliões para saber o porquê da escolha. Eduardo Marques, professor, que vem para o Corso pela terceira vez, confessa ter escolhido a fantasia de Lanterna Verde pela beleza. “Escolhi a fantasia de Lanterna Verde, por chamar bastante atenção e por ser muito bonita. Tem que caprichar, porque o Corso para mim é o Carnaval de Teresina, é o principal evento, pelo menos em termos de quantidade e qualidade”, explica Eduardo Marques.

Já Selmara Pereira, fazia parte do grupo que usava a camisa com o símbolo do Superman, e afirma que essa foi iniciativa de um grupo de amigos do WhatApp, que contém mais de 20 pessoas. “A ideia veio de um grupo de amigos no WhatApp, os “Seguidores de Jussara”, que ao longo dos dias, decidimos em conjunto, a se fantasiar de Superamigos, fazendo referência ao Superman”, explica.

Os amigos Chico Borges e Mailson Chaves foram dois dos foliões que também vestiram a camisa de super- heróis para cair na Avenida Raul Lopes.



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