Por causa de lúpus, apresentadora Astrid Fontenelle toma 45 comprimidos por dia

Apresentadora falou da rotina de cuidados inspirados pela doença e também do processo de adoção do filho.

Astrid Fontenelle com o filho, Gabriel, e o marido, Fausto Franco. | Foto Rio News
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Há oito meses, a apresentadora Astrid Fontenelle luta contar o lúpus, doença autoimune que pode atacar órgãos vitais. No caso dela, pulmão e rim foram atingidos. "Quando voltei pra casa depois de 12 dias internada, minha imunidade era tão baixa que o médico tocou o terror", relata Astrid em entrevista à "Folha de S. Paulo" deset domingo, 23.

Até a água do banho passou a ser filtrada. Além de cuidados para evitar infecções, a apresentadora toma 45 comprimidos por dia, um coquetel de remédios para pressão, diabetes, dor e vitaminas, entre outros. "Não tem cura. Vou conviver com a doença por muito tempo."Ela também não pode nunca mais se expor ao sol: o vírus identifica queimaduras como infecção e ataca o corpo. O tratamento inicial provocou queda de cabelo. Decidiu raspar a cabeça. "Não quero novela das oito aqui. Nem ninguém olhando pra mim com cara de tristeza", avisou.

O filho Gabriel, 4, deu o tom. "Com ele na área, não deu tempo de sofrer. Olhou pra minha cara e caiu na gargalhada: "A mamãe tá careca". Ele só ria." Avisou o cabeleireiro: "Quero uma prótese capilar colada na cabeça igual à que a nega [Naomi Campbell] usa". "Ficou incrível. Ninguém se tocou que era peruca." Encarar o espelho foi tranquilo. "Difícil foi ficar à beira de fazer hemodiálise".

Outro efeito colateral é não subir mais no salto. "Desafiei as bonitas da moda a me dizer como ser elegante sem salto", diverte-se. Foi ao shopping e se encheu de rasteirinhas. "Desapeguei. Dei todos os sapatos de salto. Os Louboutin e Lanvin vou botar num site pra vender e virar remédio." Cada caixa de medicamento contra lúpus custa R$ 690. Ela consome duas por mês.

O filho Gabriel foi adotado pela apresentadora em 2007, aos 40 dias de vida. Sentado no sofá, ainda com uniforme do escola bilíngue, ele pega o presente que mais curtiu: um violão. Diz que aprende a tocar vendo o DVD do "vô Gil", referindo-se a Gilberto Gil, baiano como ele.

Foi em um fórum de Salvador que Astrid e Gabriel se encontraram. "Quando vi o garoto chorando no colo da assistente social, eu arranquei ele da mulher: "Meu filho!". Parecia cena da maternidade", relata, emocionada. Um mês depois, oficializava a adoção. É mãe solteira. Na época, namorava o produtor musical Fausto Franco há apenas um mês. Astrid diz que ele é "pai em exercício".

Correu para montar o quarto do bebê. O vendedor foi convencido da urgência. "Você não tá entendendo. Existem crianças que nascem do tal papai e mamãe. Outras, com a tecnologia. A minha nasceu por adoção."



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