“Quero refazer a vida”,diz mulher que matou ex

Ela diz que não mandou matar ex-marido, que era executivo de frigorífico

Carro de executivo morto em 2008 | Reprodução
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?Quero refazer a minha vida?, declarou nesta sexta-feira (1º) ao G1 a empresária Giselma Carmem Campos Carneiro Magalhães, de 46 anos, menos de um dia após deixar a Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo, onde ficou presa preventivamente por um ano e cinco meses sob a acusação de mandar matar a tiros o ex-marido, um executivo de um dos maiores frigoríficos do país, em dezembro de 2008. Ela alega inocência.

A decisão pela soltura de Giselma foi do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso de Mello concedeu a liminar no dia 27 de setembro, após analisar o pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado da ré, Ademar Gomes. O mérito, que poderá determinar de forma definitiva que ela responda ao processo em liberdade, ainda será julgado.

Humberto de Campos Magalhães foi morto aos 43 anos em 4 de dezembro de 2008 na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. Ele era diretor-executivo do grupo JBS Friboi, que tem 25 frigoríficos no Brasil e 35 no exterior. De acordo com a assessoria da empresa, ele trabalhava no grupo havia 12 anos. A sede da Friboi em São Paulo fica na Marginal Tietê, perto de onde ocorreu o crime.

Para a Polícia Civil, a ex-mulher de Humberto foi a mandante do homicídio. Ela é acusada de ter pago mais de R$ 30 mil para contratar pistoleiros de aluguel para executar o ex-marido. O motivo apontado foi vingança, ódio e ciúmes. Segundo a polícia, ela não aceitava o fim do casamento e o fato de o empresário engatar um novo namoro com uma mulher mais nova, de 27 anos.

Em seu despacho, o ministro afirma que a decisão que decretou a prisão preventiva da viúva ?apoiou-se em elementos insuficientes, destituídos de base empírica idônea, revelando-se, por isso mesmo, desprovida de necessária fundamentação substancial?.

O pedido de habeas corpus foi feito também ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou a liminar. Ao recorrer ao Supremo, a defesa citou que não foram acrescentados na pronúncia fatos novos capazes de justificar a manutenção da prisão preventiva e informou também que a data para o julgamento não foi marcada.

Na ação, o advogado da empresária, Ademar Gomes, alegou que ela é inocente, que não foi presa em flagrante, que tem bons antecedentes, que sempre compareceu para prestar esclarecimentos à Justiça, quando convocada, e que ?é mulher de alto nível?, residente em bairro de alto luxo no município de Barueri, no interior de São Paulo.

?Ela estava presa em um presídio com quase 3 mil mulheres em situação dramática, com condições de saúde precárias, sem água potável, ratos, em situação verdadeiramente deplorável?, disse Gomes.



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