Teste de DNA inocenta negro americano após 30 anos de prisão

O teste de DNA que o inocentava totalmente foram divulgados 15 dias antes.

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Acusado foi inocentado | Divulgação
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Um teste de DNA inocentou um negro americano de 51 anos nesta terça-feira, no Texas (sul), condenado por estupro e roubo cometidos em 1979, depois de ter passado mais de 30 anos na prisão. O juiz local Don Adams declarou nesta terça-feira Cornelius Dupree "livre", em meio a aclamações de amigos e defensores presentes na sala de audiência.

Cornelius Dupree, que estava em liberdade condicional desde o mês de julho, obteve o reconhecimento formal de erro judiciário. O teste de DNA que o inocentava totalmente foram divulgados 15 dias antes. "As palavras não podem compensar o que perdi", declarou ele, durante entrevista à imprensa, após a audiência. "Meus pais morreram, meu sentimento é o de que o sistema deve mudar", acrescentou.

Cornelius Dupree havia sido condenado a 75 anos de prisão em 1980 por sequestro, roubo e estupro de uma mulher branca de 26 anos, no ano anterior. Um outro negro americano havia também sido condenado erroneamente e inocentado por testes de DNA.

Segundo a organização Innocence Project que defendeu os dois homens, Anthony Massingill continua, no entanto, na penitenciária, onde cumpre pena de prisão perpétua por um outro estupro que afirma, igualmente, não ter cometido. Na época, a vítima identificou os dois numa série de fotos.

"Cornelius Dupree passou os melhores anos de sua vida atrás das grades, devido a uma identificação errônea que teria podido ser evitada, se o condado de Dallas usasse métodos mais eficazes", comentou em comunicado um dos diretores da organização de advocados Innocence Project, Barry Scheck. Aproveitou para exigir a "reforma do método de identificação para testemunhas visuais" - uma lei que, no entanto, não foi aprovada na última sessão legislativa, por falta de tempo hábil, segundo ele.

"Não podemos nos esquecer de que, como na situação de Cornelius Dupree, 75% dos erros judiciários solucionados com testes de DNA proveem de má identificação", lembrou Scheck.



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