Vereador acusado de fraude leva sapatada

O arremesso de sapatos como forma de protesto não é novidade

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O vereador Aurélio Bonatto (PDT) foi atingido por um sapato arremessado por um manifestante na abertura de uma sessão na Câmara Municipal de Dourados (MS), na manhã desta quinta-feira. Bonatto é um dos 11 vereadores indiciados pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude de licitações públicas do município.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, o tumulto teve início por volta das 9h, quando Bonatto se preparava para abrir a sessão de posse do suplente Cido Medeiros (DEM) na vaga do também suplente Idenor Machado (DEM), nomeado secretário de Educação. Cerca de 150 pessoas protestavam contra os políticos envolvidos no escândalo de corrupção.

Um dos manifestantes, um homem não identificado arremessou um sapato que atingiu Bonatto. A sessão teve que ser suspensa devido à impossibilidade de se garantir a segurança dos seis vereadores presentes na Câmara. Ainda segundo a assessoria de imprensa, alguns membros do grupo ameaçaram partir para a agressão física contra Bonatto, que prestou queixa à polícia.

Sapatada lembra ataque a Bush

Apesar de inusitado, o arremesso de sapatos como forma de protesto não é novidade. O caso mais famoso foi o do jornalista iraquiano Muntazer al Zaidi, que tentou atingir, em dezembro de 2008, o então presidente americano, George W. Bush, durante uma entrevista coletiva em Bagdá. Ao contrário de Bonatto, Bush conseguiu desviar do calçado.

No Iraque, atirar um sapato contra alguém é considerado um grande insulto, pois significa que o alvo é inferior a um sapato, sempre em contato com o chão e a sujeira.

Entenda o caso

O prefeito de Dourados, Ari Artuzi, a primeira-dama, Maria Aparecida de Freitas Artuzi, o vice-prefeito, Carlos Roberto Bernardes, o presidente da Câmara de Vereadores, Sidlei Alves da Silva (DEM), e mais 24 pessoas, incluindo outros 8 vereadores, foram presos no dia 1º de setembro pela Polícia Federal (PF). Eles são acusados de usar o dinheiro público para fins pessoais, de acordo com o TJ-MS. Segundo as investigações, o prefeito Artuzi recebia R$ 500 mil por mês.

A Polícia Federal de Dourados informou que ele cobrava entre 10% e 15% de propina por cada contrato assinado. Dos 29 presos, 11 receberam pedido de prisão preventiva. O prefeito, vice e a primeira dama fazem parte da lista.

Os outros 18 detidos foram soltos, por não fazerem parte do grupo dos principais articuladores do esquema que podem interferir na condução da operação Uragano.



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