Tupy brilha como artista visual, designer e “revistólogo”

A carreira de Tupy começou ainda na infância. Como designer gráfico, atua no mercado desde a década de 80, sendo considerado uma verdadeira autoridade em artes digitais

O artista visual José Saraiva Tupinambá Neto, nascido em 14 de setembro de 1969, em Teresina, é mais conhecido pelo nome artístico: Tupy Neto. Dono de uma mente com um tino de criatividade impecável, completamente autodidata, ele se aventura na produção como web designer, editor e ilustrador.

Um dos profissionais mais requisitados do segmento, Tupy é praticamente um “revistólogo”. É difícil ver uma revista especializada da capital que não tenho o nome dele. Ele também se aventura na publicidade, produzindo peças virtuais e impressas para empresas e profissionais liberais de diversos segmentos.


Autoridade em artes digitais

A carreira de Tupy começou ainda na infância. Como designer gráfico, atua no mercado desde a década de 80, sendo considerado uma verdadeira autoridade em artes digitais de Teresina. Como artista visual, já expôs em galerias internacionais. Seja em Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Hard (Áustria), Bangkok (Tailândia), Pequim (China) ou outras cidades, a arte de Tupy sempre capta para um olhar imaginativo e instigador.

Além disso, é um artista premiado por diversas instituições, já citado em obras acadêmicas por seu nome escrito na arte piauiense e também já foi objeto de estudo para trabalhos científicos. Com um currículo desses, não é de duvidar por a agenda do designer está sempre cheia, mesmo em tempos de pandemia do novo coronavírus.

Com elucidações filosóficas sobre a arte da diagramação, Tupy Neto conta para “NOSSA GENTE” sobre a fonte da criatividade de uma obra marcada pela curiosidade e um ponto de interrogação sobre as texturas e viagens imagéticas criadas pelo subconsciente de um artista nato.



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“"A comunicação visual não parou, apenas mudou de plataforma. Estamos mais virtuais e isso não vai passar""
Tupy Neto

JMN: Por fim, quais seus projetos futuros?

TN: Estou tentando finalizar meu estúdio  para produzir mais obras para uma exposição individual. Como trabalho com grandes formatos e muitas coisas diferentes, preciso de espaço e aqui em casa ainda não tenho. Estou providenciando. Enquanto esse meu espaço não fica pronto, farei mais infogravuras. Já tenho outras duas séries para serem produzidas.


JMN: Como você observa este momento de pandemia para a comunicação visual?

TN: A comunicação visual não parou, apenas mudou de plataforma. Estamos mais virtuais e isso não vai passar. Daqui a pouco a comunicação visual impressa retorna com mais força.


JMN: Na sua opinião, a comunicação visual está mais para a arte ou para a publicidade?

TN: A comunicação visual está tanto na publicidade como na arte. Só que no design ela funciona como a solução para um problema, enquanto que na arte ela funciona como uma questão para um problema. John Maeda disse isso e eu concordo.


JMN: Suas obras são belíssimas. De onde tira tanta inspiração?

TN: Meu trabalho como artista visual é baseado na colagem, isto é, ajuntamento de materiais díspares. Nas obras físicas eu lanço mão de inúmeras técnicas e linguagens, como desenho, impressão, pintura, gravação, bordado e outras. Além de materiais como tecidos, pedra, carvão, ossos, porcelana e tantos outros. Faço tudo para materializar a ideia que eu tive. O trabalho digital não é diferente. Uma imagem me vem à cabeça e eu começo a procurar outras formas que complementam aquela narrativa. Nessas infogravuras eu utilizo imagens compradas e outras disponibilizadas gratuitamente na internet. Elas são manipuladas no photoshop e corel e finalmente “coladas” de uma maneira única. Nenhuma delas leva menos de três dias para ser feita e a a maioria foi realizada em mais de uma semana. Minha inspiração vem de todos os cantos. É ajuntamento de tudo que eu li, ouço, vejo, cheiro e penso. Tudo misturado e transformado pelos meus estudos de composição, cor e técnica.


JMN: Diagramar é uma arte?

TN: É sim. Requer estudo, paciência, organização, sensibilidade, criatividade e invenção.


JMN: Como você vê o atual momento da publicação impressa?

TN: Creio que o formato digital veio para ficar, mas o impresso não morrerá tão cedo. A cada dia os livros, revistas e jornais impressos se tornam algo raro e pertencente a um público mais exigente.


JMN: Você é praticamente um "revistólogo". Já vi seu nome em dezenas de publicações. É gostoso trabalhar com revista?

TN: Gosto demais! Adoro colocar ordem nos textos, casá-los com as imagens e propor um novo desenho na página.


JMN: Quando começou a trabalhar profissionalmente com isso?

TN: Confesso que não lembro (risos). Não sei quando vendi minha primeira obra, mas tenho certeza de que foi ainda criança. Quanto ao meu trabalho de designer gráfico, eu comecei na década de 80.


Jornal Meio Norte: Quando as artes visuais começaram a chamar sua atenção?

Tupy Neto: Desde muito cedo minha mãe me presenteava com livros de arte. Ela sempre gostou de arte. Então comecei a desenhar muito jovem e a fazer cursos na área também.


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