Allef Jordelly: a promessa do boxe piauiense

Atleta já conquistou cinturão de premiação europeia e garante que bem mais longe no esporte

Allef Jordelly Alves Costa é atleta e professor de boxe, kickboxing, sanda e MMA. Nascido em Teresina, Piauí, hoje ele vive em Braga, Portugal, onde busca uma carreira internacional no esporte europeu. Recentemente, conquistou o primeiro cinturão em solo europeu.

O lutador de boxe que quase foi professor de história. No sétimo período do curso na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), o jovem conta que "as lutas me chamaram mais forte". Na busca da tenacidade, fundamental em esportes do gênero, além de muita estratégia e melindres, ele escolheu um caminho tão desafiador quanto às salas de aula.

Após iniciar nas lutas através de um projeto do Governo Federal, nos anos 2000, Allef viu no gingar do ringue o futuro para a própria vida. A decisão de morar fora, algo que ele sempre sonhou, hoje é uma mola para construir a carreira neste esporte tão apreciado mundo afora.

De acordo com Allef, o Piauí tem grandes oportunidades de conseguir destaque no boxe, kickboxing, sanda e MMA. Para isso, é necessário investimento e um protocolo para a formação de profissionais da área.

Para NOSSA GENTE, Aleff Jordelly é uma promessa para o esporte que cresce ano após ano. Desde 1904, quando o boxe passou a ser um esporte olímpico, milhares de admiradores consomem o esporte, que é uma sensação nos Estados Unidos e também está pegando por aqui cada vez mais.

Crédito das fotos: Raiana Mi.

Jornal Meio Norte: Quando você iniciou no boxe?

Allef Jordelly: Na verdade comecei no kung fu em 2007 com o projeto do governo Mais Educação.  Aí um ano depois o projeto mudou de professor e aí iniciei o kung fu mais voltado ao desporto que se chama sanda. Essa modalidade mescla projeções, socos e chutes e foi aí que comecei a praticar boxe mesmo.



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“Vejo o boxe piauiense com grande capacidade de crescer, mas necessita de legalização, de uma federação realmente legalizada e com formações, tanto de árbitros como de treinadores. É muito possível desenvolver o esporte no Estado, com trabalho transparente e investimento."
Allef Jordelly

JMN: Quando você estreou no esporte em Portugal?

AL: Fiz minha estreia em Portugal dia 17 de setembro, em um evento de lutas casadas em Aveiro.


JMN: Quais seus planos futuros agora que já conquistou esse cinturão?

AL: Pretendo lutar no amador ainda algumas vezes, mas semestre que vem irei migrar para o boxe profissional. 


JMN: Quais as próximas competições que você tem em mente?

AL: Por hora a agenda está aberta. Mas provavelmente luto novamente em um evento de lutas casadas em dezembro, em Porto, Portugal.

JMN: Como você observa o boxe em nível nacional e mundial?

AL: Estamos bem. Robson Conceição acabou de disputar o título mundial pela segunda vez e Esquiva Falcão acabou de ganhar o direito de disputar o título mundial de sua categoria. Fora o boxe olímpico brasileiro que hoje vive seu auge de desempenho e medalhas. Em âmbitos gerais, o boxe continua a ser o esporte de combate mais cultuado e lucrativo do mundo. E não vejo isso mudar. O MMA cresce a cada dia, mas isso só ajuda a trazer mais pessoas para os esportes de combate que formam, digamos assim, o que é na prática o mixed martial arts.

JMN: Além do boxe, você também pratica kickboxing. Qual dos dois é mais desafiador?

AL: Então, o kickboxing exige mais tenacidade ininterrupta, mas considero o boxe mais desafiador devido às estratégias necessárias para vencer, fora a tal da tenacidade.

JMN: Como você observa o boxe no Piauí? É possível desenvolver o esporte aqui?

AJ: Vejo o boxe piauiense com grande capacidade de crescer, mas necessita de legalização, de uma federação realmente legalizada e com formações, tanto de árbitros como de treinadores. É muito possível desenvolver o esporte no Estado, com trabalho transparente e investimento de empresários e do governo.

JMN: Você obteve destaque em uma premiação internacional. Como foi a disputa?

AJ: Em 2009 venci uma competição internacional de sanda em São Paulo. Fiquei realizado e apaixonado pela experiência de viver o que via nos “torneios de artes marciais” que Goku, Van Dame e Jackie Chan participavam. Mas agora vivendo uma competição internacional ora do meu país, eu vivi novamente essa sensação só que em escala muito maior. Mesmo depois de colocar o cinto ainda fico sem acreditar que tirei do papel um projeto tão grandioso, pelos menos é pra mim, e demorado.

JMN: Como foi parar na Europa?

AJ: Eu tinha esse objetivo em mente. Desde pequeno fui motivado a conhecer outros países através de animações japonesas e filmes que traziam realidades bem distantes das minhas. Já adulto soube de uma amiga da minha tia que morava em Portugal e isso me ajudou a trilhar essa meta e pesquisar mais. O lance de necessidade de mão de obra, idioma e facilitação imigratória fez Portugal ser o lugar ideal.

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