30 anos da morte de Ayrton Senna: piloto deixou legado para o mundo do esporte

No dia 1º de maio de 1994, exatamente há 30 anos, Ayrton Senna, ícone da Fórmula 1, morreu no GP de San Marino, em Ímola. Durante a sétima volta da corrida, o piloto brasileiro enfrentou dificuldades ao contornar uma curva, resultando na perda de controle de seu carro e em uma colisão contra o muro a uma velocidade superior a 200 km/h. A reação imediata dos paramédicos foi crucial, porém Senna não demonstrava sinais de consciência, gerando preocupação entre os fãs e espectadores. Ele foi prontamente transportado para o hospital. 

PILOTO TINHA 34 ANOS: Apesar dos esforços de todos os médicos, Ayrton Senna não resistiu. Ele faleceu às 13h40 (horário de Brasília), no Hospital Maggiore, em Bolonha, aos 34 anos. O piloto já demonstrava desconforto em correr no GP de San Marino, realizado no circuito de Ímola, após os graves acidentes de Rubens Barrichello e Roland Ratzenberger nos dias anteriores. Enquanto isso, no Brasil, o presidente da República, Itamar Franco, expressou sua tristeza e consternação ao acompanhar os eventos relacionados à morte de Senna. O corpo do piloto foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Bolonha para a realização da necrópsia. 

REPATRIAÇÃO DO CORPO: O corpo de Ayrton Senna foi repatriado para o Brasil em um voo de classe executiva que partiu de Paris com destino a São Paulo. Para evitar tumultos, as cortinas permaneceram fechadas durante o voo, sendo apenas a tripulação ciente da presença do caixão do piloto a bordo. Outras aeronaves que estavam no ar naquele momento foram informadas e prestaram homenagens, fazendo sinais de luzes e enviando mensagens às tripulações envolvidas no transporte.

CORTEJO E SEPULTAMENTO: Durante o cortejo do caixão de Ayrton Senna do Aeroporto de Guarulhos até a Assembleia Legislativa, o subsequente velório de aproximadamente 24 horas, e o cortejo final até o Cemitério do Morumbi, cerca de dois milhões de pessoas compareceram para prestar suas homenagens ao piloto.

CHOQUE AO TIRAR CAPACETE: O Dr. Giovanni Gordini, que prestou atendimento no autódromo e no helicóptero, emocionado, compartilhou sua experiência da última hora de angústia. Os relatos foram extraídos da matéria especial sobre Senna do "ge". "Antes mesmo de retirar o capacete, ficamos impressionados com a quantidade de sangue que o piloto perdia. Alguma artéria havia sido atingida com certeza e minha primeira preocupação era, uma vez exposta a cabeça de Senna, tentar conter a hemorragia", disse. 

CULPADO? A Justiça italiana emitiu sua última decisão sobre o caso em 13 de abril de 2007, quando a Suprema Corte do país confirmou uma decisão anterior, atribuindo a responsabilidade da tragédia a apenas uma pessoa: Patrick Head, ex-sócio e cofundador da Williams, equipe pela qual Senna competia em sua última temporada na Fórmula 1. 

PAIXÃO PELA FÓRMULA 1: Nascido em Santana, São Paulo, Ayrton Senna descobriu sua paixão pelo automobilismo aos quatro anos, iniciando no kart. Aos 13, ingressou em competições oficiais e aos 21 partiu para a Europa. Em 1981, venceu o campeonato da Fórmula Ford 1600 no Reino Unido, seguido pelo título da Fórmula 3 inglesa. Com apenas 24 anos, estreou na Fórmula 1, conquistando ao longo de uma década 41 vitórias e três títulos mundiais pela McLaren, consagrando-se como um dos maiores pilotos da história. 

CONQUISTAS: Senna detém vários recordes na Fórmula 1 até hoje: liderou consecutivamente 24 primeiras filas, compartilha com Hamilton o recorde de vitórias de ponta a ponta (19) e de poles em um circuito (8 em San Marino). Ele também possui o recorde de 5 vitórias consecutivas em Mônaco (1989-1993) e é considerado o "Rei de Mônaco" com 6 vitórias no Principado, sendo o único brasileiro a vencer lá. 

HOMENAGENS: Nesta semana, em todo o mundo, serão realizadas homenagens em memória do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna, cuja morte completa 30 anos. No Brasil, o evento Ayrton Senna Racing Day em Interlagos espera receber cerca de 10 mil pessoas para uma corrida pedestre, juntamente com outras homenagens. Durante o GP de Miami, o artista Eduardo Kobra inaugurará um mural de Senna, enquanto em Turim, na Itália, ocorrerá uma exposição de carros e equipamentos do piloto. Além disso, a Netflix lançou o primeiro trailer de sua minissérie ficcional sobre a vida de Ayrton Senna, que abordará sua trajetória nas pistas, sua personalidade e relações pessoais.