Africanos vencem a São Silvestre no adeus do brasileiro Vanderlei Cordeiro

País africano ultrapassa o Brasil com a 11ª vitória. No feminino, etíope Yimer Wude Ayalew ganha a prova, seguida por quatro brasileiras

Africanos vencem a São Silvestre | Globo Esporte
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Na despedida de Vanderlei Cordeiro de Lima, quem fez a festa foi o queniano James Kipsang. O corredor de 25 anos venceu a 84ª edição da Corrida de São Silvestre e desempatou a disputa entre Quênia e Brasil na história da prova. Agora, são 11 vitórias do país africano, contra 10 dos brasileiros. Vanderlei fez uma corrida discreta e terminou em 102º, mas manteve o sorriso no rosto, saudando a torcida, e cruzou a linha de chegada fazendo o tradicional aviãozinho. Na prova feminina, a África também brilhou, com a etíope Yimer Wude Ayalew em primeiro, mas o Brasil veio logo atrás com Fabiana Cristine da Silva.

- Estou bastante feliz. Foi bonito sair pela porta da frente, sendo aplaudido e admirado por tudo que eu fiz. Obrigado ao Brasil e à minha família. Feliz Ano Novo! ? afirmou Vanderlei Cordeiro, de 39 anos, emocionado na entrevista logo após a prova.

O Quênia confirmou o favoritismo e, além de Kipsang, festejou Evans Cheruyot em segundo e Kiprono Mutai em terceiro. Entre as meninas, no entanto, o país não conseguiu chegar nem perto das vencedoras, e as brasileiras aproveitaram. Depois da etíope Ayalew, vieram Fabiana, Marily dos Santos, Edielza Alves dos Santos e Luzia de Souza Pinto.

- No decorrer da semana eu não me senti muito bem, mas deu tudo certo. Infelizmente não deu para ficar com o primeiro lugar, mas estou muito contente ? afirmou Fabiana, que não figurava entre as favoritas e ainda correu gripada, mas surpreendeu a todos.

A prova

Quando as mulheres largaram, quem pulou na frente foi Sara Ramadhani, da Tanzânia. Ela chegou a abrir quase 100 metros de vantagem, mas não resistiu e foi ultrapassada na altura do Memorial da América Latina. Ayalew assumiu a ponta e não olhou mais para trás.

As brasileiras só começaram a se aproximar das primeiras colocações a partir do quilômetro 10. Elas mantiveram um bom ritmo, mas em nenhum momento conseguiram ameaçar a etíope, que cruzou a linha de chegada sem ser ultrapassada pelos homens, poucos segundos antes de Kipsang. Com o bom resultado, ela se transformou na segunda atleta da Etiópia a vencer a prova. A primeira foi Derartu Tulu, campeã em 1994.

Quenianos brilham e Vanderlei faz festa na despedida

Na prova masculina, quem pulou na frente foi o brasileiro Cristiano Silva Machado, do Cruzeiro. Mas ele logo foi ultrapassado pelos quenianos Cheruyot e Nicholas Koech. Quando Galdson Barbosa perdeu fôlego, o Brasil abandonou a disputa pela vitória. Franck Caldeira, uma das maiores esperanças de bom resultado, sentiu dores abdominais e abandonou a prova por volta do décimo quilômetro. Após vencer em 2006, Franck abandonou pelo segundo seguido.

Vanderlei não tinha chances de vencer, mas se divertiu ao longo do percurso. A todo momento ele acenava para o público, mandava beijos e sorria. Nos últimos metros, o atleta repetiu o aviãozinho das Olimpíadas de Atenas, quando ganhou o bronze na maratona. Ao cruzar a linha de chegada, Vanderlei beijou o chão e se emocionou. Foi sua última prova internacional na carreira.

Kipsang assumiu a liderança, mas não conseguiu abrir muita vantagem em relação a Cheruyot. Ainda assim, ele manteve o ritmo forte, cruzou a linha de chegada e conquistou a São Silvestre pela primeira vez.



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