Alecsandro fecha em 3-0 do Flamengo no 1° toque na bola; Hernane ouve vaias e Jayme é cauteloso

Na vitória por 3 a 0 sobre a Cabofriense, no primeiro jogo da semifinal, Brocador é criticado por fãs, mas depois sai aplaudido

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Alecsandro entra, marca e corre para a galera | Reprodução
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Quem esteve no Maracanã, na noite de quarta-feira, para assistir à vitória do Flamengo sobre a Cabofriense, por 3 a 0, pelo primeiro duelo da semifinal do Carioca, presenciou um fato inesperado: vaias rubro-negras para Hernane, o xodó da torcida. Ainda que o time estivesse vencendo por boa vantagem no placar, durante o segundo tempo, e que o Brocador tivesse participado dos dois gols marcados até ali, ele foi contestado após arriscar um chute de longa distância, e de fácil defesa para o goleiro Cetin. Aos 28 minutos, ele deu lugar a Alecsandro.

O substituto foi saudado efusivamente e pediu palmas para o companheiro. A maioria dos torcedores acatou, mas as sonoras críticas não cessaram completamente. No mesmo minuto, Alecsandro aproveitou a cobrança de escanteio de Paulinho para estufar a rede, de cabeça. O suficiente para ele sair correndo em direção à arquibancada e ?cair? nos braços da torcida.

- Alecsandro está em uma fase boa, tem feito gols e nos ajudado. Entrou e em uma bola teve felicidade, fez gol. É mais um em nosso grupo que está mostrando que foi uma contratação boa. Faz gol e Hernane também faz. Tenho a minha análise. Com calma, estamos vendo isso (Alecsandro ser titular). Os dois ajudaram muito na vitória do Flamengo - disse o técnico Jayme de Almeida após a vitória rubro-negra.

Na temporada de 2014, Hernane marcou seis gols em 12 partidas disputadas. O número foi alcançado durante três jogos. Ou seja, nove confrontos em branco.

O jogo não tinha cara de semifinal. Pouco mais de 5 mil presentes no Maracanã. Ainda que baixo, o número foi superior à média de público do Campeonato Carioca de 2014: não muito acima de 2 mil pagantes por jogo, semelhante a 2013. O técnico Jayme de Almeida lamentou a enorme quantidade de espaços vazios nas arquibancadas após o jogo.

- Não é legal. Estamos em uma semifinal de Carioca e, infelizmente, não tivemos um público que devia ter. Na minha época, era diferente. Para ver o jogo tinha que esperar até meia-noite. Então, tinha que vir ao Maracanã. Era outro futebol, outras pessoas, muito povão, a geral. Lamentamos por ser muito mais bonito e emocionante o estádio cheio ? afirmou Jayme.

João Paulo é vaiado desde antes do jogo

Antes do início do confronto, no local habitual das torcidas organizadas, o hino do clube era o principal motivador. Nada de provocações ou xingamentos aos adversários. Os ânimos exaltaram-se quando os nomes começaram a aparecer no telão. Felipe, Digão, Wallace, Samir. João Paulo. A torcida não dá brecha ao lateral-esquerdo: as vaias são quase que unanimidade nas arquibancadas. Amaral, Márcio Araújo, Luiz Antonio. Everton. Paulinho. O atacante recebe o tratamento contrário, assim como Hernane.

Com o apito inicial, os poucos presentes começavam a incentivar mais o time. Alguns aplausos para as jogadas de Luiz Antonio, pela direita. A insatisfação com o setor esquerdo rubro-negro era constante. Em um dos espaços deixados por João Paulo, Tijolo desperdiçou chance clara de gol, atingindo a trave à esquerda de Felipe. A torcida não perdoou. Após o lance, o lateral do Flamengo ficou caído na beira do gramado e foi atendido pelo médico. Quando ele voltou para o jogo, gritos de ?não? representaram as lamentações do torcedor.

Everton e Paulinho animam as arquibancadas

Uma sequência de investidas da Cabofriense no ataque assustou o torcedor rubro-negro. Mas foi por pouco tempo. Foi no cruzamento perfeito de João Paulo que Hernane cabeceou a bola na trave. O rebote foi fatal: Everton estava no lugar certo e não desperdiçou. O gol aliviou as tensões na arquibancada.

Jayme de Almeida fez o que o torcedor queria, antes do início da segunda etapa: trocou João Paulo por Lucas Mugni. Cinco minutos foram o suficiente para os rubro-negros deixarem preocupação com o placar de lado ? se é que ela existia. Após boa jogada de Hernane, Paulinho tocou na saída do goleiro. Muitos aplausos para o atacante.

Alecsandro cai nas graças da torcida

As ?vaias relâmpago? direcionadas a Hernane dividiram os torcedores no Maracanã. Quando Alecsandro pediu para que o companheiro fosse aplaudido, uma espécie de arrependimento imediato dominou os rubro-negros. Mas, no mesmo instante das palmas, outras críticas foram escutadas.

O momento foi providencial para Alecsandro cair nas graças da torcida. Ele já havia marcado duas vezes na vitória por 5 a 3, também sobre a Cabofriense, no último domingo. O rápido gol de cabeça após sua entrada foi o ponto alto das vibrações nas arquibancadas: reciprocidade entre jogador e fã, sorrisos e muitos abraços.

- Fico feliz. Como falo, independentemente dos minutos, quero entrar bem concentrado. O gol não foi por acaso. O Paulinho me viu, vim na corrida e cabeceei. Fiquei ansioso para entrar. Fiquei uns dois minutos do lado de fora, pedindo. É o destino, entrei na hora certa - disse Alecsandro após a partida.



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