Ana Marcela é penta nos 25km e se torna a maior medalhista da história

A baiana, que já havia vencido a prova de 25km nos Mundiais de Esportes Aquáticos de Xangai, em 2011, de Kazan, em 2015, de Budapeste, em 2017, e de Gwangju, em 2019

Ana Marcela é penta nos 25km e se torna a maior medalhista da história | Ascom
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SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS)

Ana Marcela Cunha igualou-se nesta quinta-feira (30) à holandesa Edith van Dijk como maior medalhista mulher da história das provas de águas abertas em Campeonatos Mundiais. A brasileira alcançou sua 15ª medalha ao faturar a quinta de ouro na prova de 25 quilômetros, a mais longa do programa. Agora ela é pentacampeã.

A baiana, que já havia vencido a prova de 25km nos Mundiais de Esportes Aquáticos de Xangai, em 2011, de Kazan, em 2015, de Budapeste, em 2017, e de Gwangju, em 2019, repetiu o feito na capital da Hungria. O ouro é o segundo dela neste Mundial em Budapeste, já que ela também já havia vencido nos 5km, faturando o bicampeonato. Somando com o bronze nos 10km, esta é a melhor campanha dela em um Mundial, aos 30 anos.

A vitória desta quinta-feira, porém, teve uma dificuldade extra, porque a prova foi disputada um dia depois dos 10 quilômetros, que foi ontem. Normalmente o programa prevê cinco dias de descanso entre uma prova e outra, com o revezamento 4x1,25km no meio. Em Budapeste a prova por equipes foi a primeira a ser disputada, sem a presença de Ana Marcela.

Ana Marcela com o ouro nos 25km do Mundial de Budapeste — Foto: Maddie Meyer /Getty Images 

"Até o final tentei manter o máximo de técnica possível para eu não sentir tanta dor como eu estava sentindo ontem. Tentei economizar energia e o querer faz muita diferença, e o que eu já vivi. Pouca gente sabe o que é estar fora de uma Olimpíada, não nadar tão bem dentro de casa, e saber dar a volta por cima. Ao longo dos meus 16 anos de carreira, muita coisa eu aprendi. Soube ter sangue frio, esperar o momento certo, conheço muito minhas adversárias, sei pelo ciclo de braçada como cada uma está, pela careta que está fazendo. Consegui colocar dentro d'água tudo que a gente treinou", relatou Ana Marcela em entrevista ao SporTV.

Ela nadou o tempo todo no primeiro pelotão e chegou na última boia nadando na frente, chegando a abrir um corpo de vantagem das rivais. Mas nos 20 metros finais, a Lea Boy e a holandesa Sharon van Rouwendaal encostaram e a disputa foi na batida de mão, com a brasileira aproveitando que estava na frente. Ela terminou a prova em 5h24min15s00, 20 centésimos antes de Boy e 30 centésimos antes da holandesa.

Além das sete medalhas de ouro (cinco nos 25km, duas nos 5km), Ana Marcela tem duas de prata (10km em 2013 e por equipes em 2015) e cinco de bronze (duas nos 5km e três nos 10km) nos Mundiais de Esportes Aquáticos. E a esta conta se soma um bronze no Mundial de Águas Abertas de 2010, no foi a última edição deste evento, que era disputado nos anos pares, intercalando com o evento de esportes aquáticos.

Com essas 15 medalhas, Ana Marcela se iguala, no total, à holandesa Edith van Dijk, que foi ao pódio em Mundiais entre 1998 e 2008. Em número de vitórias, a liderança é da russa Larisa Ilchenko, que tem oito de ouro, sendo cinco nos 5km e três nos 10km, a distância olímpica, em 2006, 2007 e 2008. Ana tem o tabu de nunca ter vencido os 10km em Mundial, ainda que tenha sido campeã olímpica em 2021.

Só 16 mulheres largaram na prova hoje, e três desistiram. Cibelle Jungblut conseguiu terminar, na 13ª colocação. No masculino, Bruce Hanson abandonou e Guilherme Costa, o Cachorrão, nem largou. Ele se poupou depois de competir nos 400m, 800m e 1.500m livre nas piscinas, no revezamento e nos 10km. O Mundial foi o primeiro torneio internacional de Cachorrão nas águas abertas.



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