Anderson Silva perde, mas é carregado nos ombros em luta

Anderson Silva foi convidado somente com 2 dias de antecedência

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Anderson Silva aceitou enfrentar Daniel Dormier com apenas dois dias de antecedência - e cerca de seis semanas após se submeter a uma cirurgia na vesícula. Mesmo sem ter tido uma preparação adequada, o brasileiro não se intimidou perante o campeão da cateoria de cima e resistiu bravamente as investidas de "DC",  que venceu o combate na decisão unânime dos juízes (triplo 30-26).

Ovacionado pela torcida, o ex-campeão dos médios foi carregado nos ombros dentro do octógono por Katel Kubis, seu treinador de muay thai e amigo de longa data. Na coletiva de imprensa pós-luta, ele se emocionou ao falar do compatriota, a quem conhece desde o começo da carreira, quando ainda morava em Curitiba e sonhava em ser lutador profissional:

- Eu não espero nada em troca do UFC. Vim aqui fazer o meu trabalho, e nunca lutei por dinheiro. Claro, todos trabalhamos e tenho que receber por isso. Mas vim fazer o que eu gosto. Lutar é o meu ar, é o que eu vivo dentro de mim. Não estou preocupado com bônus e nem com dinheiro. Estou feliz com tudo que eu consegui. Quero agradecer aos meus treinadores, e especialmente ao meu amigo Katel, que se formou comigo há muito tempo. Estou até emocionado, irmão. Obrigado à American Top Team por ter cedido você para me ajudar - disse, com os olhos marejados.

Nem mesmo depois de ter visto o campeão dos meio-pesados acusar uma joelhada na costela desferida no final do terceiro assalto, Spider se arrependeu de ter pedido para que o duelo contra Cormier fosse de apenas três rounds.

- Em nenhum momento isso passou pela minha cabeça. Quando soube que o Jon tinha saído da luta, eu liguei para o meu empresário e disse que queria me testar. Minha família me achou louco. Eu aceitei o desafio porque era importante me testar. Eu não quis aceitar os cinco rounds porque não treinei absolutamente nada, nem um dia, depois da cirurgia. Eu fiz isso outras vezes para ajudar o evento. Aqui é uma composição, que é uma coisa que eu gosto de fazer. Estou feliz com o UFC e com o que ele me proporciona, apesar de ter meus arranca-rabos com eles, que é normal. Mas seria um desrespeito com o campeão e com o Jon Jones eu aceitar lutar com ele pelo título não tendo treinado nada. E quero agradecer ao Cormier por aceitar lutar comigo, porque ele poderia não aceitar.

O brasileiro, que agora tem quatro derrotas e uma luta sem resultado nas últimas cinco que disputou, se disse tranquilo com a nova fase e que o foco agora é em fazer o que gosta, sem pressão:

- Eu acho que já passei por tanta coisa neste esporte, que vim aqui para me desafiar. A maior lição que eu consegui deixar para os novos atletas é que eles podem tudo. Eu faço o que eu amo, gosto de desafios e gosto de lutar com quem seja. Já passei por todas as fases boas e ruins nesse esporte, e hoje eu consigo por em prática o que eu aprendi desde os oito anos de idade, que é superar todas as dificuldades e as situações difíceis que a luta oferece.

Sobre os planos para o futuro, Anderson afirmou que pretende voltar a lutar novamente, mas não antes de curtir um novo período de férias:

- Minha categoria é peso-médio. Meu plano é voltar para casa, continuar as minhas férias que foram interrompidas, mas bem interrompidas, e seguir meus projetos pessoais fora da luta. Tudo tem a sua hora, e o Jacaré é o próximo a disputar o cinturão porque ele merece. Claro que eu gostaria de lutar contra o Bisping de novo, porque todos sabem que eu venci aquela luta. Mas a situação é complicada, porque o Jacaré é meu irmão, e algumas situações foram mal-entendidas, mas estou na torcida pelo Jacaré. Terminando as férias, eu estou disposto a lutar de novo, seja no peso-médio ou no peso-meio-pesado - finalizou.



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