Após acidente, piloto recebe alta e diz: “Não vejo a hora de montar na moto”

Segundo médicos do Hospital Miguel Couto, piloto não terá sequelas, mas precisará de sessões regulares de fisioterapia para reforçar a musculatura

Zóio (de boné) com Joaninha e os médicos Ruy Monteiro e Alexandre Essinger | Globoesporte.com
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O piloto de motocross Henrique Balestrin, o Zóio, recebeu alta do Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira. Ele ficou 26 dias internado em estado grave depois de sofrer um sério acidente durante os treinos da Copa Brasil de Motocross Freestyle. Segundo o médico Ruy Monteiro, responsável pelo atendimento no dia da queda, o mato-grossense de 20 anos não sofreu nenhum tipo de sequela motora, embora precisará de sessões regulares de fisioterapia para reforçar a musculatura. Com muita dificuldade para falar, Zóio agradeceu aos médicos e já avisou que não pretende abandonar o esporte:

- Queria agradecer o apoio, agradecer aos médicos. Quero voltar para Sinop (MT). Andar de moto de novo. Quero voltar a andar. Não vejo a hora de montar na moto - disse Zóio.

Apesar de ter recebido alta do hospital, Zóio ainda não poderá voltar a Sinop, no Mato Grosso. O piloto continuará no Rio de Janeiro por pelo menos mais uma semana passando por exames e acompanhamento médico. Ele perdeu cerca de 20 quilos durante o período internado. Segundo a mãe, Idelmira Balestrin, o filho pesava em torno de 84kg antes do acidente. De acordo com os médicos, agora ele está com cerca de 65kg.

Zóio deu entrada na UTI no dia 12 de janeiro, após sofrer grave acidente durante o aquecimento para os treinos da Copa Brasil. Dos 18 dias que o atleta ficou no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), quatro foram em coma profundo, e o restante, em coma induzido. Segundo os médicos responsáveis pelo tratamento, a operação mais complicada foi a drenagem do tórax esquerdo. Após complicações no pulmão, o quadro do atleta melhorou progressivamente nas últimas semanas. No início do mês, Henrique foi transferido para a enfermaria.

- Nós sabíamos que ele não iria ficar paraplégico pois as funções motoras respondiam normalmente. De qualquer forma, ele precisa de fisioterapia, o que é normal para alguém que ficou tanto tempo no estado que ele ficou. Tudo que podíamos fazer, fizemos - disse o doutor Ruy Monteiro, médico do Hospital Miguel Couto.

Ao tentar executar um backflip, uma das manobras mais perigosas do motocross na qual o piloto dá um 360º e chega a ficar de cabeça para baixo, ele sofreu uma forte queda de lado, que resultou em traumatismo craniano, duas fraturas cervicais e prejuízo nas funções respiratórias. Logo após o acidente, o piloto recebeu o primeiro atendimento médico no local e depois foi retirado de maca e transferido para o hospital, onde passou por uma operação de emergência. O grave estado em que Henrique se encontrava no início melhorou com o passar dos dias. Ele teve a sedação retirada no último dia 25 de janeiro.

Zóio pratica motocross há três anos e foi apadrinhado por Joaninha, um dos principais nomes da modalidade. Na época do acidente, o hexacampeão da Copa Brasil constatou erro do piloto no momento da execução da manobra que ocasionou a queda.



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