Após boas campanhas, Portugal tenta evitar decepção de um adeus precoce

Seleção pode ser eliminada na fase de grupos novamente tendo o melhor do mundo no elenco e terminar de forma ruim a última Copa de alguns jogadores

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Portugal joga sua vida na Copa do Mundo de 2014 neste domingo. Uma derrota para os Estados Unidos na Arena Amazônia, em Manaus, elimina os comandados de Paulo Bento ainda na fase de grupos da competição. A vitória faz a seleção renascer e será importante para evitar o adeus precoce em Mundiais de uma importante geração de jogadores.

Desde a Eurocopa de 2004, aliás, a seleção coleciona boas campanhas que contrastam com o perigo da eliminação precoce no Brasil.

Naquele ano, Portugal foi vice-campeão da Eurocopa jogando em casa. Em 2006, terminou a Copa do Mundo em quarto, mesma posição alcançada na Euro 2012 - quando a base da equipe era a mesma de agora. A expectativa no atual Mundial é tamanha, que o técnico Paulo Bento sequer pensa em eliminação precoce. O adeus representaria o provável adeus Perguntado se a queda na primeira fase seria um vexame, ele se defendeu.

- Vamos esperar. Não precisamos ter pressa. Se ganharmos dos Estados Unidos, esperamos até a partida contra Gana. Se for um fato (a eliminação), eu falo do assunto. Estamos habituados a esse cenário de dificuldades. É apenas uma repetição daquilo que temos feito. Em momentos de grande decisão normalmente temos essa capacidade de reverter a situação. Espero que tenhamos neste domingo. Eu posso acreditar muito, mas quem precisa acreditar são os jogadores. Posso ter pouco crédito, mas eles tem muito por tudo o que fizeram desde 2004 - avisou.

A última decepção portuguesa em grandes competições da Fifa foi em 2002. A eliminação na primeira fase da Copa disputada no Japão e na Coreia do Sul traz até uma coincidência com o momento atual da seleção. Naquele Mundial, a equipe contava com o melhor jogador do mundo: Figo. Hoje, a pressão recai sobre Cristiano Ronaldo, por mais que técnico e jogadores tentem sempre tirar a responsabilidade dos ombros do capitão.

- Não vejo a pressão dessa forma (por ter o melhor jogador do mundo). A pressão existe pelos resultados que alcançamos. Estamos sempre nas fases finais das competições desde 2000. A pressão vem daí, do trabalho de qualidade que é feito, e não por termos Cristiano conosco. No futebol atual tudo pode acontecer. Não há jogos fáceis, não há favoritos. O que nos resta é fazer nosso melhor contra os Estados Unidos. Queremos ficar mais tempo no Brasil, nada de ir para casa agora - frisou o meia Raul Meireles.

Raul, aliás, é um dos jogadores que provavelmente está a disputar seu último mundial. Além de ver por terra o objetivo inicial de chegar pelo menos às oitavas de final, o adeus na fase de grupos pode também encerrar de forma decepcionante a participação de uma importante geração portuguesa em Mundiais. Caso de jogadores como os goleiros Eduardo e Beto, os zagueiros Pepe, Ricardo Costa e Bruno Alves, o lateral João Pereira e os atacantes Hugo Almeida e Postiga.

- Não é o fim de uma geração, mas essa certamente é a última Copa de vários jogadores. Pelo menos em um bom nível técnico e físico. Muitos deles terão mais de 32 anos em 2018 - resumiu o jornalista português Carlos Nogueira, do Diário de Notícias.



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