Após perder, Ceni não admite erro, mas assume culpa: “É do capitão”

Goleiro ressalta que jogou com dores no pé direito durante a derrota para o Strongest, resultado que complica a vida do São Paulo na Libertadores

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Rogério Ceni não conseguiu defender um chute de mais de 30 metros de Cristaldo, gol que deu ao Strongest a vitória por 2 a 1 e complicou o São Paulo na Libertadores - clique aqui e veja o que o Tricolor precisa fazer para se classificar. Em entrevista coletiva após o jogo em La Paz, o goleiro tricolor disse que "a culpa é sempre do capitão", mas em nenhum momento admitiu categoricamente a falha no lance.

- Os gols que eu tomei, tomei. O gol que eu fiz, eu fiz - disse.

- Fui pra direita e, quando voltei, não tive força na mão para tirar a bola - emendou.

Questionado na sequência se a altitude de mais de 3.600 metros da capital boliviana o atrapalhou, Ceni disse que "não".

- Não me traiu, não. A bola foi batida, balançou bastante. Logicamente ela ganha mais velocidade e se torna mais difícil. É do jogo.

Apesar de não dizer que falhou no lance, Ceni disse se sentir "culpado" pela derrota por ser o capitão do time.

- Eu me sinto culpado todos os dias porque o capitão tem a obrigação de fazer o seu time vencer. Quando há um resultado negativo, sem dúvida nenhuma eu, como capitão e representante dentro do campo pelo tempo que estou aqui, me sinto muito culpado, assim como me sinto muito feliz e com uma participação muito grande nas conquistas - disse o goleiro.

- Em dezembro eu estava muito feliz com a conquista (da Copa Sul-Americana), hoje estou muito triste pela derrota. A culpa sempre passa pelo capitão, por alguém que se põe à frente sempre. Eu me orgulho muito de ter estado aqui, mas não do resultado.

Ceni contou que pensou em não bater o pênalti sofrido por Aloísio, ainda no primeiro tempo, já que estava com dores no pé direito - machucado na dividida com Alexandre Pato, no clássico contra o Corinthians, no último domingo. Mesmo assim, apresentou-se para a cobrança e marcou o gol tricolor.

- Cogitei não bater porque me doeu muito ter estado aqui hoje. Tenho orgulho muito grande do meu time e dos meus companheiros, mas pelo que eu sofri de dor no dia de hoje, eu só não queria que as pessoas dissessem "pô, o cara chegou aos 40 (anos) e não bateu". Mesmo com muita dor, e eu só poderia bater naquele canto, do lado direito, porque para bater com o peito do pé me doía muito, era uma responsabiulidade que cabia a mim, mesmo naquelas circunstâncias. E me dá muito orgulho ter estado aqui hoje, ter vindo.

Ceni contou que fez tratamento "até a 1h da manhã" nos dias que antecederam o jogo contra o Strongest.

- Tratei para poder estar aqui com o São Paulo. Fico muito triste porque isso não é meu emprego, é a extensão da minha vida. E eu fico muito triste por não levar para São Paulo um resultado que nos deixasse numa situação mais tranquila. Mas tenho confiança que vamos levar essa vaga, a última posição, o pior segundo lugar, mas vamos estar na fase decisiva da Libertadores



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