Após sair da prisão, ex-atleta santista diz: “Crack é uma doença”

Stephane Gomes dos Santos lamenta ter passado cinco dias presa acusada de tentativa de furto

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Bebel durante treinamento na extinta equipe feminina do Santos | Divulgação
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Mais uma vez, o vício em drogas prejudicou uma carreira promissora no esporte. Presa em flagrante ao tentar furtar um carro em São Paulo, a ex-jogadora do Santos Stephane Gomes dos Santos, de 23 anos, conhecida como Bebel, deixou a prisão nesta quarta-feira e reencontrou a família. Apaixonada pelo futebol, a atleta admitiu ter problemas com drogas (assista ao vídeo).

- Eu tenho um problema, um vício, e ele é uma doença. O crack, a droga, é doença. É difícil olhar pra trás e ver que uma carreira, bonita, tem uma mancha. Todos estão me estendendo a mão. Então, agora é hora de ter a cabeça no lugar, ter juízo. Eu estou pegando o máximo que eu posso de ajuda. Quero ter uma "overdose" de bola, é tudo na minha vida - afirmou.

No último dia 7 de fevereiro, Bebel e o namorado, Rogério Alves Marqueze, foram presos em flagrante quando tentavam furtar um carro, na Zona Leste de São Paulo. A jogadora foi imediatamente encaminhada à 31ª DP, na Vila Carrão. Depois, foi transferida ao 97° distrito, em Americanópolis - exclusivo para mulheres - onde passou a noite. No dia seguinte, foi transferida novamente, desta vez para Franco da Rocha (relembre o caso).

- O lugar que eu passei é terrível, não é para ser humano, é para animal. Eu não sou animal, sou jogadora de futebol. A nossa liberdade não tem preço. Eu estou muito feliz de estar de volta, fazendo o que eu gosto. Bola para cima. As pessoas estão vendo que eu estou me esforçando, que eu quero parar - disse.

Após cinco dias reclusa, a meio-campo reencontrou sua família nesta quarta-feira. O abraço da mãe foi seguido de um puxão de orelha. Os dias que passou chorando deixaram a atleta com a voz rouca, mas não a impediram de falar sobre o que sentiu ao ser presa.

- Se o meu namorado chega para mim e fala: "Bebel, vou roubar aquele carro". Mesmo que a gente não tivesse dinheiro, sem nada, jamais iria incentivar um roubo. Eu nunca roubei. Quando vi que estava algemada e tive que ficar com a cara na parede, vi o que eles passam. Eu senti na pele - reconheceu.

Enquanto responde pelo processo de furto qualificado em liberdade, a jogadora torce por uma nova chance de fazer o que mais gosta: jogar futebol. Contra as drogas, ela conta com ajuda da família e do esporte.



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