“Atletismo evoluiu, mas há muito o que fazer”, afirma Vanderlei Cordeiro

Em Aracaju para promover corrida mirim, ex-atleta lamenta que em alguns estados do Brasil ainda falta apoio para competidores e relembra incidente em Atenas

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Vanderlei Cordeiro | Reprodução
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O ex-atleta Vanderlei Cordeiro está em Aracaju para promover uma corrida mirim, que acontece neste domingo, na Orla de Atalaia. Padrinho de possíveis futuros atletas, ele exaltou a evolução do esporte no Brasil. Conheceu a história de Luísa Dandara, que pratica salto em altura e treina de forma improvisada, utilizando uma tabela de basquete, pois não tem os equipamentos. Para ele, no esporte é preciso muita superação, mas a estrutura e o apoio financeiro são necessárias para o crescimento do atleta e da modalidade.

- Hoje nem se compara com minha época. Não tínhamos acesso a nada, nem estrutura e muito menos apoio. O esporte hoje está se profissionalizando cada vez mais, tanto na infraestrutura quanto financeiramente. É completamente diferente. O atletismo evoluiu, mas há ainda muito o que fazer - avaliou Vanderlei Cordeiro.

- A evolução existe, não dá para negar o crescimento, mas infelizmente há uma realidade difícil para muitos. Uma boa parte dos Estados estão sem condições de fazer o esporte acontecer. Para manter as atividades, precisam de muita superação e criatividade, como o professor desta menina. É preciso infraestrutura e aporte financeiro, imagina se tem o apoio necessário para estes talentos.

Vanderlei não escapou de relembrar o incidente de Atenas. Nos Jogos Olímpicos, ele liderava a prova e foi seguro por um torcedor, o que atrapalhou seu rendimento. Apesar de ter conquistado a medalha de bronze no lugar da de ouro, ele afirmou que já perdoou seu algoz e que sempre procura tirar os pontos positivos.

- Estava no meu auge, o Vanderlei não começou a correr naquela Olimpíada, já tinha uma história,mas aquele episódio acabou impactando muito a minha vida. Aquilo não tirou o meu mérito de estar na liderança, bem perto do ouro. Fui prejudicado, mas dentro daquilo que alcancei, consegui ter meu sonho realizado. O mais importante é tirar proveito para a vida da gente - explicou.

- Depois da maratona eu já tinha o perdoado. Foi muito mais relevante ter conquistado a medalha de bronze do que ter perdido a de ouro. É claro que a atitude dele não foi correta, eu não sabia as intenções dele, foi difícil, mas acho que perdão tem que existir.

Vanderlei ainda comentou sobre a nova fase na carreira, em que ele participa de corridas mirins.

- Venho despertar o interesse das crianças na parte da corrida. A ideia é dar promoção a estes eventos. Passar para as crianças os valores do esporte. Falar para elas que a história delas é parecida com a minha. Comecei bem pequeno, em eventos como estes. Creio que cada um pode trilhar um caminho de vitórias e acredito que sou uma boa referência.

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