Botafogo vence o Olaria por 3 a 0 no Engenhão

Uruguaio faz dois gols e é destaque em vitória por 3 a 1 do Glorioso, que deixou o campo aplaudido. Somália, porém, não se livra das vaias

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Os 5.812 botafoguenses que trocaram a praia pelo Engenhão na tarde de calor escaldante no Rio de Janeiro podem até ter sofrido com o sol forte, mas voltaram para casa felizes. Com direito a gol-relâmpago de Renato Cajá aos 13 segundos, cavadinha e dois gols de Loco Abreu, o Botafogo venceu o Olaria por 3 a 1 neste sábado e manteve 100% de aproveitamento em quatro rodadas na Taça Guanabara.

O resultado deixou o Glorioso com 12 pontos, na primeira colocação do Grupo B e 11 gols de saldo (quatro a mais que o Fluminense, que tem nove e encara a Cabofriense neste domingo). O único alvinegro que deixou o gramado tendo do que reclamar foi o volante Somália, vaiado a cada toque na bola. Por outro lado, Alessandro entrou bem e foi ovacionado. Na próxima quarta-feira, o Botafogo encara o Bangu, às 19h30m (de Brasília), em Volta Redonda. O Olaria, com seis pontos, quarto colocado na chave, recebe o Macaé, também quarta-feira, às 17h, na Rua Bariri.

Calor, Cajá e gol com 13 segundos

O calor infernal fez com que os torcedores buscassem a sombra, garantiu a venda de água dos ambulantes, tornou o ritmo do primeiro tempo mais lento, mas não afetou em nada a disposição de Renato Cajá. Tanto que o camisa 10 do Botafogo precisou de apenas 13 segundos para brilhar. Logo após o apito inicial, Somália dividiu a bola com um adversário na entrada da área. Cajá vinha em velocidade, recolheu a pelota e acertou o canto direito de Renan: 1 a 0 Botafogo.

Ignorar o calor e apostar na correria parecia ser a estratégia adotada pelo time de Joel Santana. Abusando das viradas de jogo e das subidas de Lucas e Somália, o Botafogo ditava o ritmo. Faltava, no entanto, criatividade, e os cruzamentos para área não surtiam efeito. Com prazo de validade por causa da temperatura, a correria não durou muito, a partida passou a ser mais cadenciada, com o Olaria saindo para jogar.

Abusados, os meias Felipe e Renan Silva davam trabalho para a defesa do Glorioso, e o time da rua Bariri tomou conta das ações após o tempo técnico. Nada, porém, que levasse muito perigo ao gol de Jefferson. Principalmente pela boa atuação de Antônio Carlos.

Sem muita ousadia, o Botafogo dependia de lampejos de Renato Cajá para chegar ao ataque. E esses foram raros até o fim do primeiro tempo. Resultado: vitória magra e algumas vaias.

Alessandro, El Loco e cavadinha

Na volta para o segundo tempo, Joel Santana resolveu mandar a equipe para o ataque, mas não abriu mão do esquema com três zagueiros. A opção foi colocar Caio na vaga de Lucas. Não deu muito certo no começo. Com espaço pelas pontas, o Olaria desperdiçou logo nos minutos iniciais grande chance com Waldir, que parou em uma defesa espetacular de Jefferson.

Percebendo que a ausência de um lateral podia lhe causar problemas, Joel trocou Márcio Rosário por Alessandro. Tiro certeiro. Dois minutos depois de entrar em campo, o lateral-direito descolou lindo lançamento e deixou Loco Abreu na cara do gol. O uruguaio chutou firme de canhota para ampliar, aos oito.

A relação de Alessandro com a torcida na partida, por sinal, chamou a atenção. Vaiado há até bem pouco tempo, ele foi ovacionado a cada toque na bola e teve seu nome gritado nas arquibancadas. Enquanto isso, o Olaria seguia apostando na dupla Renan Silva e Felipe. Deu certo aos dez minutos, quando o segundo precisou de apenas um toque para deixar Vinícius na boa para diminuir: 2 a 1. A defesa alvinegra pediu impedimento, mas o jogador, aparentemente, estava na mesma linha que a bola.

Empolgado, o time da Bariri se mandou todo para o ataque. E foi punido na tentativa do empate. Aos 14, Renato Cajá aproveitou bobeada e lançou Loco Abreu, que partiu em disparada da linha do meio-campo, invadiu a área e deu sua tradicional cavadinha (dessa vez com a bola rolando) para vencer Renan e levar os botafoguenses ao delírio.

Jefferson, Somália e torcida

A vantagem fez com que o Botafogo administrasse a partida e se lançasse apenas em contra-ataque nos espaços deixado pelo Olaria, que vendia caro a derrota. Foi quando Jefferson assumiu o papel de protagonista. O goleiro-capoeirista exibiu toda sua elasticidade em defesas difíceis por cima e por baixo. Por outro lado, Somália, que errou inúmeros passes na segunda etapa, passou a ser vaiado a cada toque na bola.

A esta altura, o calor já não era mais tão rigoroso, o torcedor já tinha a tarde mais feliz e os cantos das arquibancadas já eram mais fortes. A cada defesa de Jefferson, pedidos de convocação para Seleção. E durante todo o tempo, gritos de ?mais um?. O quarto gol não saiu. Mas não fez falta. A festa estava garantida. E os 100% de aproveitamento também.



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