Pan: Após vantagem de 17 pontos, Brasil ainda perde para os EUA

Com o resultado, os EUA, com duas vitórias, garantiram a classificação para a próxima fase pelo grupo B

Avalie a matéria:
O Brasil de Marcelinho Machado sumiu no segundo tempo e perdeu feio no Pan | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Por uma boa parte do tempo, o desconhecido não se mostrou tão poderoso assim. Com quilos e quilos de história nas quadras pesando sobre os ombros, os jovens da seleção dos EUA nos Jogos Pan-Americanos, todos não aproveitados na NBA, foram engolidos pela equipe de Rubén Magnano até a metade do terceiro quarto. Com 17 pontos de vantagem, o Brasil, então, apagou. Ainda que tenha iniciado a última etapa à frente, cometeu erros em sequência e caiu para os americanos por 88 a 77.

Com o resultado, os EUA, com duas vitórias, garantiram a classificação para a próxima fase pelo grupo B. Assim como na Copa América, quando uma vitória garantiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil vai precisar passar pela República Dominicana para avançar.

O jogo

Foi Murilo quem deu início à contagem, com uma bandeja no primeiro lance. A marcação forte dos EUA, porém, dificultou a criação do ataque brasileiro, que ficou duas jogadas sem acertar uma cesta. Os americanos, todos da D League, formada por jogadores que não foram aproveitados pelo draft da NBA, abriram 5 a 2, mas uma cesta de três feita por Nezinho deixou tudo igual. Na sequência, o armador errou um passe infantil, levando Magnano à loucura. O técnico argentino, então, mandou Benite para o jogo.

O Brasil seguia errando passes bobos e jogadas no garrafão. Giovannoni, em uma delas, desperdiçou uma bandeja fácil e permitiu o contra-ataque americano, com o ligeiro Jerome Dyson. O jogador do Brasília, porém, respondeu na sequência, com uma cesta de três. Murilo marcou mais dois pontos, e o Brasil abriu 12 a 7. Os EUA voltaram a encostar, e Magnano voltou a colocar reservas como Bruno Irigoyen e Guilherme Hubner em quadra.

No fim do quarto, os EUA aumentaram a pressão com Moses Ehambe, um dos melhores do desconhecido time americano. Os EUA chegaram à virada em dois lances livres de Blake Ahearn. O Brasil ainda tentou um último lance, mas o arremesso de Giovannoni bateu na tabela, no aro e não entrou: 19 a 18 no zerar do cronômetro.

Na primeira jogada do segundo quarto, Benite, com uma cesta de três, recolocou o Brasil à frente do placar. Em um contra-ataque rápido, Nezinho, em nova cesta de três deixou o Brasil com 24 a 22.

O Brasil seguiu melhor no jogo e abriu sete pontos de diferença com Lucas Alves e Davi Oliveira e apenas Marcelinho do time titular. Uma falta antidesportiva de Brian Butch colocou Nezinho duas vezes na linha de lance livre, aumentando a vantagem para nove pontos. O Brasil voltou a errar dois ataques em sequência, enquanto os EUA acertaram um arremesso de dois pontos e uma outra cesta de três, com Jerome Dyson. A diferença caiu para quatro pontos, mas uma cesta de Benite, no último segundo, fechou o primeiro tempo com 38 a 32 para o time de Magnano.

Uma cesta de três de Marcelinho ampliou a vantagem brasileira logo no início do quarto. Pouco depois, Murilo conseguiu dois pontos e ainda sofreu a falta, muito comemorada pelo time. Na sequência, um lance inusitado: sem ninguém que limpasse a quadra, Nezinho pegou um pano com o juiz e ele mesmo enxugou.

O Brasil seguiu melhor. Murilo em bela enterrada após passe de Marcelinho, e Nezinho, em arremesso dentro do garrafão, abriram 48 a 34 para os brasileiros, muito aplaudidos pela torcida. A seleção chegou a empolgar a torcida e abrir 17 pontos. Em bela infiltrada, Benite fez a bandeja e ainda sofreu a falta, convertendo o lance livre na sequência.

Brasil dorme em quadra, e rival vira

Os EUA iniciaram a reação no fim do terceiro quarto. Diminuíram a vantagem brasileira para oito pontos, muito por um apagão ofensivo da seleção. A coisa piorou quando Justin Dentmon voou em contra-ataque, fez a bandeja e ainda sofreu a falta, convertendo o lance livre na sequência. Ainda assim, o Brasil foi para o intervalo com 61 a 56 no placar.

Os americanos viraram o marcador logo no início do último quarto. Uma cesta de três, acompanhada por um arremesso e um lance extra convertidos por Marcus Lewis levaram os EUA a 62 a 61. A seleção seguiu errando, e, sem marcar pontos, os rivais abriram cinco de diferença, a sete minutos do fim.

À beira da quadra, Rubén Magnano se esgoelava a cada erro brasileiro. Não adiantou. A seleção tentou arremessar de todos os jeitos, e a bola insistiu em não cair. A 1m04s para o fim, Marcelinho cometeu falta em Lance Thomas e os dois se desentendem, criando um princípio de confusão em quadra. Ânimos serenados, o jogo foi reiniciado e, mesmo sob vaias da torcida, os americanos se mantiveram à frente e definiram a vitória: 88 a 77.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES