Vôlei:Brasil vence Itália e chega a mais uma final

De nada adiantaram as provocações. Antes da partida os torcedores ficaram gritando

Brasil vence e espanta crise | Terra
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Destemida. Esta é a palavra que pode definir o que foi a Seleção Brasileira na semifinal do Mundial de Vôlei. Cometendo poucos erros e com uma vibração que se equiparava ao que faziam os mais de 12 mil italianos nas arquibancadas, o grupo de Bernardinho não tomou conhecimento da anfitriã Itália e calou o Ginásio Palalottomatica, em Roma, vencendo por 3 sets a 1, com parciais de 25/15, 25/22, 23/25 e 25/17.

De nada adiantaram as provocações. Antes da partida os torcedores ficaram gritando "palhaçada, palhaçada", em referência à derrota do Brasil sobre a Bulgária, vista pelos italianos como um jogo que o time verde e amarelo teria entregue para pegar uma chave mais fácil. Dentro de quadra, o capitão Vermiglio também tentava vencer na base da palavra, tirando sarro dos brasileiros perto da rede.

Oscilante até este momento na competição, o oposto Leandro Vissotto fez a sua grande partida no torneio e foi peça decisiva para levar a equipe à vitória. A recepção também foi impecável e com atuações inspiradas de Bruninho, nos dois primeiros sets, e Marlon, no terceiro, a Seleção desmontou a defesa rival.

A Seleção Brasileira começou impondo seu jogo de uma maneira impressionante. No saque de Murilo abriu rapidamente 3 a 0 e manteve a boa vantagem até a primeira parada técnica, mesmo com o barulho ensurdecedor da torcida italiana a cada ponto da equipe da casa.

O time pouco errava na partida. Bruninho teve uma atuação inspirada, deixando Leandro Vissotto praticamente sem bloqueio em diversos ataques. O oposto, por sinal, mostrou uma vibração e um desempenho bem acima do que tinha demonstrado até o momento, tanto que foi o maior pontuador do primeiro set com sete pontos.

A Seleção, aos poucos, foi fazendo os italianos se perderem em quadra. Com uma recepção errada do líbero Marra, um ataque para fora dos italianos e um bloqueio triplo abriu 21 a 12. Desta forma, não foi difícil de fechar a parcial por 25 a 15.

Vissotto seguia com uma partida impressionante no começo do segundo set. Em seu saque, ele desmontou a recepção italiana e com um ace os comandados de Bernardinho abriram 5 a 2, o que fez o técnico Andrea Anastasi pedir tempo para remontar a casa. Não adiantou muito. Com um saque para fora de Fei, os brasileiros foram para a primeira parada técnica vencendo novamente por 8 a 5.

Na volta, a Seleção reclamou de um toque no bloqueio não marcado pelo juiz de cadeira, o chinês Ning Wang. O lance tirou o foco dos brasileiros, que em um ataque para fora e um ace dos italianos viram os donos da casa empatar o jogo. A pressão aumentou e o Pallalotomatica virou um verdadeiro caldeirão. No saque de Mastrangelo, a Itália complicou a recepção e virou a partida (10 a 9).

O lance por sinal gerou reclamações dos italianos que ficaram pedindo toque no bloqueio, iniciando uma discussão entre Marlon e Vermiglio. Jogando com a equipe de fora da quadra, a torcida começou a gritar "palhaçada, palhaçada", lembrando o que se viu na derrota do Brasil para a Bulgária, em Ancona.

Com a experiência de ter enfrentado pressão semelhante na Sérvia, na final da Liga Mundial em 2009, a equipe de Bernardinho não se abalou e cresceu na parcial. No saque de Lucão, o time deslanchou. Primeiro ele quebrou a recepção dos italianos e viu Dante cravar a bola na quadra adversária. Depois fez um ace para colocar 23 a 20 no placar.

A equipe da casa não conseguiu se recuperar do baque e em um lance inusitado, depois de uma recepção complicada de Mário Jr, o Brasil fez 25 a 22.

No terceiro set, a Itália voltou disposta a complicar a vida da Seleção, que ainda não pôde contar com Bruninho, sentindo o tornozelo. Com uma recepção bem melhor do que nas duas parciais anteriores e com um bom desempenho de Mastrangelo na rede, eles abriram 8 a 5 na primeira parada técnica. Em um erro de recepção que terminou em um ataque italiano, o Brasil se viu mais atrás no marcador: 10 a 6.

A Seleção chegou a diminuir a desvantagem, mas em um ataque para fora de Murilo foi para a segunda parada técnica, com um 16 a 13 contra. Na volta, mais uma bola do camisa 8 para fora foi o suficiente para irritação de Bernardinho, que batendo as muletas com força na quadra pediu tempo.

Os berros do treinador não foram suficientes para a equipe reagir. Foi necessário então fazer a tradicional inversão entre opostos e levantadores, com as entradas de Bruninho e Théo. Foi no saque do levantador e na cortada do oposto, que a equipe diminuiu um pouco a desvantagem. Com a volta de Marlon e Vissotto depois das posições rodarem, a Seleção conseguiu levar a diferença para um ponto, mas os italianos fecharam o set em 25 a 23, depois de uma deixadinha de Fei.

O quarto set começou com o Brasil ligado no jogo. Depois de um belo rali, com defesas difíceis de Murilo e Rodrigão, a Seleção abriu 3 a 1 em um bloqueio de Vissotto e Dante. No saque de Vissotto, a equipe verde e amarela chegou a fazer 6 a 3. A Itália diminuiu, mas na primeira parada técnica, o time de Bernardinho vencia por 8 a 6.

A Seleção foi crescendo no jogo. No saque de Murilo conseguiu abrir 13 a 8, graças a um bom trabalho também dos bloqueadores. Mesmo irritados com as provocações do levantador Vermiglio, que tirou até o capitão Giba, no banco, do sério, a equipe nacional foi para a segunda parada técnica com 16 a 10 no placar.

Vissotto seguiu liderando o Brasil nos pontos finais. A boa vantagem se manteve, permitindo à Seleção jogar com mais calma, aproveitando o momento positivo. Os italianos forçaram o saque, mas a equipe sul-americana soube lidar com a tentativa de reação da equipe da casa, fechando o set em 25/17.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES