CBF cogita extinguir a seleção permanente de futebol feminino

O desempenho do futebol feminino pode ter impacto ainda maior.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O desempenho do futebol feminino no torneio olímpico pode ter um impacto ainda maior para o esporte no país do que ter terminado sem medalha. Há gente muito influente na entidade defendendo uma revisão, após a Rio 2016, do custeio de uma seleção permanente, com a CBF pagando mensalmente as jogadoras. De acordo com informações, um dos executivos da entidade, não viu vantagens para a confederação em manter o modelo e fez a seguinte leitura: o resultado não veio, elogios pela iniciativa também não, e sobrou apenas a conta para pagar. O desempenho do coordenador Marco Aurélio Cunha, no entanto, é bem avaliado internamente.

A tendência é de que o trabalho de monitoramento e desenvolvimento do esporte continue, mas o conceito de seleção permanente está no cadafalso. Disse o dirigente que apesar dos esforços o futebol feminino não "pega" no Brasil - embora muita gente tenha se empolgado com o desempenho inicial da seleção feminina, especialmente enquanto a masculina sofria na primeira fase olímpica. Certo é que nos próximos dias esse tema será discutido.

Um ponto é bastante sensível: a Fifa, com quem a relação de Marco Polo del Nero pode azedar a qualquer momento por conta de uma investigação do Comitê de Ética iniciada em novembro do ano passado, tem como uma das suas bandeiras o desenvolvimento do futebol feminino - e dá alguns recursos à CBF com este fim. O novo presidente, Gianni Infantino, promoveu a entrada de mais mulheres no Conselho - ex-Comitê Executivo - e deu a uma mulher a secretaria-geral, o segundo cargo na hierarquia da entidade. A extinção do modelo de seleção permanente, uma peculiaridade do esporte no Brasil, pode não inspirar muita simpatia em Zurique.

Infantino visitou a CBF recentemente. Há quem diga que foi vítima de uma armadilha política de Del Nero e não ficou nada satisfeito em participar da reunião na sede da entidade. Mas os caciques da CBF negam a história com veemência. De qualquer forma, como já ficou claro quando a Fifa tentou punir Del Nero com devolução de verbas da entidade - e depois voltou atrás por pressão da CBF por não haver condenação -, a relação entre as entidades depois dos escândalos de 2015 é instável.

O panorama para o futebol feminino brasileiro, sem competições realmente fortes e apoio efetivo para boa parte das atletas fora da seleção, é incerto.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES