Com F-1 e 2 divisões de acesso, Mônaco tem 8 brasileiros na pista

Etapa de Monte Carlo marca único encontro entre a GP2 e a World Series na temporada 2012

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Uma vitória em Monte Carlo é sonho de todo o piloto que tenta a sorte no automobilismo. Triunfar no mais tradicional circuito de rua do planeta é como eternizar o próprio nome em uma lista que tem campeões como Ayrton Senna, Juan Manuel Fangio, Michael Schumacher e Alain Prost. Mas o GP de Mônaco de Fórmula 1 não é a única oportunidade para que um piloto sinta o gosto da vitória nas ruas do Principado. Do atual grid, Lewis Hamilton, Bruno Senna, Pastor Maldonado, Sergio Perez, Romain Grosjean, Daniel Ricciardo e Charles Pic venceram no estreito traçado urbano antes mesmo de estrear na categoria máxima. Ainda na condição de promessas, eles levaram a melhor nas provas da GP2 e nd World Series, as divisões de acesso que são consideradas o último estágio antes da F-1.

Neste fim de semana, as duas categorias vão se encontrar pela única vez em toda a temporada 2012. E seis jovens brasileiros ? três em cada uma ? têm a missão de provar as chefes de equipe da F-1 que possuem qualidades para seguir os passos de Felipe Massa e Bruno Senna, que hoje competem na elite do automobilismo. Um momento que mexe com Luiz Razia, Felipe Nasr e Victor Guerin, da GP2, e com André Negrão, Lucas Foresti e Yann Cunha, da World Series. Como em toda pista de rua, a posição de largada é importante. Contudo, não basta ser rápido, já que um mínimo erro pode arruinar todo o trabalho.

- Em Mônaco, a pole é a coisa mais importante, pois define seu trabalho em todo o resto do fim de semana. Esta é uma pista em que você precisa muita confiança, e eu tenho essa confiança. Adoro a pista, ela faz com que o piloto se sinta vivo ? afirma Razia, de 23 anos, que já venceu duas corridas neste ano e é o vice-líder do campeonato na GP2.

Mesmo confiante numa boa apresentação, o baiano marcou o quinto tempo no treino classificatório para a primeira corrida da rodada dupla, que será disputada na manhã desta sexta-feira. O venezuelano Johnny Cecotto Jr., filho do piloto que foi companheiro de Ayrton Senna na Toleman, em 1984, garantiu a pole. Os brasileiros que fazem suas temporadas de estreia na categoria sofreram com o tráfego e com a dificuldade de adaptação à pista: Nasr vai largar em 18º e Guerin, em 24º. O grid da segunda prova é definido pela ordem de chegada da primeira, com a inversão de posição dos oito melhores colocados.

Aprendizado para a Fórmula 1

Com carros de cerca de 600 cavalos de potência, que alcançam velocidades semelhantes, cada campeonato tem uma peculiaridade com relação ao aprendizado dos pilotos. A partir deste ano, a fornecedora de pneus da GP2 ? que é a mesma da F-1 ? adotou a obrigatoriedade de dois compostos diferentes por etapa. Em Mônaco, especificamente, um dos jogos de pneus duros será trocado por um de macios, para embaralhar as estratégias. Já a World Series, que é organizada pela fornecedora de motores das equipes RBR, Lotus e Williams, trouxe a tecnologia da asa móvel para seus carros, dando nova dinâmica às corridas.

Na primeira sessão de treinos livres, a turma da World Series teve problemas com a pouca aderência do asfalto de Monte Carlo nesta quinta-feira. Muitos pilotos escaparam do traçado, encontrando as barreiras de pneus ou as poucas áreas de escape. O melhor foi André Negrão, que faz sua segunda temporada, que marcou o oitavo tempo. Os estreantes Lucas Foresti e Yann Cunha ficaram com a 13ª e a 22ª posições, respectivamente. O treino classificatório será realizado no sábado, véspera da corrida. Nesta etapa, excepcionalmente, será disputada apenas uma prova, em vez das tradicionais rodadas duplas, o que aumenta a pressão sobre os pilotos.

- Já tive a oportunidade de correr na rua em Macau, na China, e em Piriápolis, no Uruguai. As provas nestes circuitos são muito complicadas, uma vez que a tomada de tempos pode definir quase 90% do seu resultado na corrida. Estar em Mônaco é uma oportunidade única e teremos a chance de mostrar o nosso potencial para todos os times da F-1. A estratégia para a corrida depende muito da classificação, mas, certamente, será a de completar na zona de pontuação ? diz Lucas Foresti, que compete na equipe francesa DAMS, a mesma de Felipe Nasr na GP2.



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